O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que Simone Tebet irá representar "de maneia exemplar a mulher brasileira e o MDB", partido de ambos, como candidata à Presidência.
Embora ressalte qualidades da senadora por Mato Grosso do Sul, Barbalho reconhece que o cenário eleitoral atual, dividido entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual titular, Jair Bolsonaro (PL), dá poucas chances à candidatura da emedebista.
"É fato que estamos dentro de um cenário eleitoral de polarização consolidada, e esta eleição se configura como uma eleição de primeiro turno com cara de segundo, no qual pesam as rejeições", disse o governador à Folha nesta quarta (25) em Davos, onde participa do encontro do Fórum Econômico Mundial.
No evento, ele apresentou ações do Pará para combater o desmatamento e se contrapor ao desmonte ambiental promovido pelo governo Jair Bolsonaro (PL).
Sem jogar a toalha, Barbalho afirmou que Tebet poderia se considerar como uma opção porque as pesquisas qualitativas indicam potencial de crescimento, mas pondera que a campanha eleitoral será mais curta do que de costume. "Isso é uma vantagem para quem é mais conhecido."
Com apoio, além do MDB, do Cidadania e de boa parte do PSDB, o que culminou na desistência do tucano João Doria, Tebet foi apontada como nome comum para representar a chamada "terceira via". Seu nome, entretanto, não é consenso no próprio partido, como ela admitiu em entrevista nesta quarta.
Barbalho explicou a situação comparando o partido a uma "constelação", com opiniões heterogêneas e alinhamentos de largo espectro político.
"No Pará eu posso dizer que vamos apoiar a candidatura da Simone, mas devo compreender que tem partidos no nosso palanque que não apoiar seu próprio candidato."
O governador afirmou que a candidatura de Tebet dá ao MDB a possibilidade de devolver um protagonismo que o partido teve no passado, mas, sem candidato próprio nas últimas eleições, "desidratou".
"O partido tem com a Simone a possibilidade de se inserir no cenário eleitoral."
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