A candidata a prefeita do Recife pelo Podemos, Delegada Patrícia, criticou o Grande Recife Consórcio, responsável pelo gerenciamento do transporte por ônibus na região metropolitana, e afirmou que a população é punida com o órgão.
"A população hoje é penalizada com transporte público lotado, quente e de péssima qualidade, porque temos empresas que estão dominando esse mercado há anos, e o município não consegue interferir, já que está amarrado num consórcio falido", disse a candidata em sabatina promovida pela Folha e pelo UOL nesta terça-feira (6).
A candidata defendeu que o transporte seja gerido de forma autônoma na capital pernambucana.
"O transporte no Recife será gerido pela sua própria prefeitura, faremos licitações de acordo com o que manda a lei, sem favorecimento a empresa nenhuma de transporte", disse Patrícia, que apareceu com 11% das intenções de voto na última pesquisa Ibope.
A candidata ainda afirmou que o consórcio aumentou o tempo do trajeto do cidadão e que estuda uma possível redução na tarifa, para a população que realiza percursos menores na cidade.
"Hoje nós estamos falando de um passageiro que trafega cinco quilômetros pagando o mesmo que um passageiro que cruza dois municípios", disse.
Pandemia, reforma administrativa e segurança pública
Quando questionada sobre a atuação da atual gestão durante a pandemia, Patrícia afirmou que foi "a pior gestão de todos os tempos". "Estamos falando de diversos órgãos de controle e de órgãos policiais que verificaram irregularidades."
A candidata ainda comentou a investigação de irregularidades em contratos da Prefeitura do Recife para a compra de respiradores. "Estamos falando de uma gestão que estava rindo de uma população que estava morrendo."
Sobre o programa de governo, Patrícia prometeu uma reforma administrativa na prefeitura, pela qual diminuiria a quantidade de secretarias. "A ideia é reduzir as secretarias em mais de 20% e, paralelamente, reduzir a quantidade de cargos comissionados."
Ela também criticou o modo como a prefeitura atual conduziu a área de segurança pública da cidade. "É uma insanidade pensar que apenas o Compaz [Centro Comunitário da Paz] poderia resolver o problema da violência."
A candidata prometeu também uma central para monitorar a segurança da população. "Precisamos de um sistema de monitoramento de câmera de segurança, integrando as câmeras dos comércios, prédios e residências, além da iluminação pública de qualidade."
SABATINAS
De Belo Horizonte, já foram entrevistados, Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania).
Do Recife, virão, na sequência, Mendonça Filho (DEM), no dia 9, Marília Arraes (PT), no dia 13, e João Campos (PSB), no dia 14.
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