O candidato Jair Bolsonaro (PSL) passou perto de vencer as eleições presidenciais no primeiro turno graças a um apoio maciço em praticamente todo o país. Ficou em primeiro em 4 das 5 regiões do Brasil. O Nordeste foi a única exceção.
O capitão reformado venceu em todos os estados do Sudeste, Sul e Centro Oeste e teve bom desempenho no Norte, perdendo apenas no Pará.
Fernando Haddad (PT) só levou a disputa para o segundo turno por causa do apoio dos eleitores nordestinos. Como já era esperado, ele foi favorecido pela transferência de votos do ex-presidente Lula.
Neste primeiro turno, Bolsonaro foi o que conquistou mais votos em 16 estados e no Distrito Federal, contra 9 de Haddad e 1 de Ciro Gomes (PDT), que venceu no Ceará, seu reduto eleitoral.
O melhor desempenho do capitão reformado do Exército foi em Santa Catarina, com 66%. Haddad alcançou 63% no Piauí, seu melhor percentual.
O candidato do PSL encarnou o antipetismo e ocupou um espaço que havia sido do PSDB, que venceu no Centro-Sul em 2006, 2010 e 2014. O desempenho de Bolsonaro, contudo, foi superior ao de Aécio Neves, candidato tucano derrotado em 2014.
"O antipetismo cresceu muito no Centro-Sul e Bolsonaro soube captar esse sentimento", disse o cientista político Fernando Abrucio.
Bolsonaro venceu em Minas Gerais, com 48,3%, no Rio de Janeiro, com 59,8% dos votos, e no Rio Grande do Sul, com 52,6% --estados conquistados pela petista Dilma Rousseff no primeiro turno em 2014.
Em São Paulo, Bolsonaro teve 53% dos votos, bem superior aos 16,4% de Haddad. Em 2014, Aécio havia sido o preferido dos paulistas, com 44,2%.
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