Líder do primeiro turno nas eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) foi vencedor até mesmo em regiões eleitorais em que seria esperado que o rival Fernando Haddad (PT) tivesse influência, como o bairro em que vive e a cidade em que foi prefeito.
O petista, que liderou em 8 dos 9 estados do Nordeste —Ciro Gomes (PDT) venceu no Ceará, seu reduto—, teve a maior diferença percentual por município, no entanto, com 93,24% dos votos em Guaribas, no Piauí (1,94% para Bolsonaro).
Na 258ª zona eleitoral de São Paulo, onde fica o Planalto Paulista, bairro de Haddad, Bolsonaro teve 53,97% dos votos. Haddad não foi nem o quarto colocado. Ficou em quinto, com 6,88%, atrás de Ciro, Alckmin e até mesmo de João Amoêdo (Novo), que teve 2,5% dos votos no país.
Em São Paulo, onde foi prefeito de 2013 a 2016, Haddad teve 19,70% dos votos, menos da metade de seu adversário, que teve 44,56% dos votos válidos.
O capitão reformado, por sua vez, foi bem em seus redutos. Nascido em Glicério (SP), criado em Campinas e deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, Bolsonaro foi o vencedor em todos. O mais expressivo foi na zona eleitoral da Barra da Tijuca, onde reside a família do deputado. Foram 64,80% de votos em Bolsonaro, com apenas 6,74% para Haddad.
No estado do Rio, Bolsonaro teve 59,79% e, na capital, 58,29% (Haddad 14,69% e 12,2%, respectivamente). Ciro Gomes bateu o petista tanto na Barra quanto no município e no estado.
Na cidade natal de Glicério, o deputado teve 55,52% dos votos válidos, ante 23,88% do petista. Em Campinas, a proporção foi de 55,80% e 15,76%.
A maior disparidade pró-Bolsonaro no país foi na cidade gaúcha de Nova Pádua, com 82,75% dos votos para o candidato do PSL (4,48% para Haddad). Os estados em que os dois presidenciáveis tiveram maior domínio foram Santa Catarina (66%) no caso do capitão e o Piauí (63%), no caso do petista.
Veja o mapa da apuração de todas as cidades no país aqui.
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