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Por PSB, PDT considera apoio à reeleição de França em São Paulo

Eventual aliança tem o apoio de Carlos Lupi, presidente nacional da legenda

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Brasília

Na tentativa de vencer a resistência a Ciro Gomes, o PDT considera apoiar a candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Márcio França.

A eventual aliança tem o apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que tem trabalhado por um apoio também do PC do B.

O tema será discutido na convenção estadual do PDT em São Paulo, marcada para sexta-feira (27). "Eu vou defender que o partido feche com o França", disse Lupi.

Márcio França assina decreto de criação do Hospital das Clínicas de Bauru em evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, em 6/7 - Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
 

O movimento tem como objetivo ganhar apoio em São Paulo a uma aliança nacional entre PDT e PSB, isolando Pernambuco, que defende que a sigla componha com o PT.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que quer evitar, com um acordo nacional, o lançamento pelo PT da candidatura de Marília Arraes, que ameaça a sua reeleição.

Para não melindrar o grupo pernambucano, o de maior peso interno na legenda, o comando nacional do PSB cogita declarar neutralidade na disputa nacional, o que o PDT quer evitar.

Hoje, Ciro negocia também o apoio do PC do B e do Solidariedade. Os dois partidos, contudo, afirmam em conversas reservadas que só fecham apoio a ele caso o PSB faça parte da coligação partidária.

Para evitar o isolamento na corrida presidencial, o PDT já ofereceu ao PSB o posto de vice-presidente, no caso ao ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, e funções de coordenação na equipe de campanha.

O mineiro é empresário, amigo do cearense e foi seu secretário-executivo quando ele comandava o Ministério da Integração Nacional, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele deixou o cargo após seu nome ser mencionado no escândalo do mensalão como tendo recebido dinheiro do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. 

Na época, ele disse que pediu ajuda ao petista para pagar agência de publicidade que fez a campanha presidencial de Ciro em 2002.

Lacerda sempre negou qualquer envolvimento com o mensalão. Após ser inocentado pela CPI, o cargo no ministério lhe foi oferecido novamente, mas ele recusou.

Na próxima segunda-feira (30), o diretório nacional do PSB se reunirá em Brasília para tomar uma decisão sobre que posição tomará na disputa presidencial deste ano. 

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