Fachin nega a Geddel acesso ao contato de pessoa que denunciou 'bunker'
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), negou ao ex-ministro Geddel Vieira Lima acesso ao contato da pessoa que denunciou o "bunker" de R$ 51 milh�es e do agente de pol�cia que atendeu a liga��o.
A defesa do peemedebista pediu a identifica��o do n�mero da linha pela qual foi feita a den�ncia an�nima, em 14 de julho de 2017, al�m do policial que atendeu � chamada.
A informa��o an�nima deu origem � Opera��o Tesouro Perdido, em 5 de setembro. O dinheiro estava guardado num apartamento em Salvador que, segundo revelavam as investiga��es, havia sido emprestado por um empres�rio a Geddel e ao irm�o, o deputado federal L�cio Vieira Lima (PMDB-BA). A quantia foi a maior j� apreendida pela PF.
De acordo com Fachin, essa decis�o sobre fornecer os dados cabe � pol�cia, e n�o � autoridade judicial.
FAM�LIA
Preso desde setembro no Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia, Geddel pediu autoriza��o para receber as visitas da m�e, Marluce, e do irm�o, L�cio Vieira Lima. Fachin atendeu o pedido.
A PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica) denunciou Geddel, L�cio e Marluce pelos crimes de lavagem de dinheiro e associa��o criminosa.
A Procuradoria pede para que eles sejam condenados a pagar R$ 51 milh�es como indeniza��o por danos morais, al�m de medidas restritivas contra eles. Fachin abriu prazo para eles se manifestarem.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima |
MINISTRO DA CULTURA
A PGR pediu para que Fachin autorizasse a abertura de um novo inqu�rito contra Geddel, para apurar as den�ncias feitas pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.
Fachin, no entanto, disse que o caso deve ser analisado em separado. Ele enviou uma peti��o para a presidente do STF, C�rmen L�cia, fazer o sorteio de um novo relator para o assunto.
Caber� ao novo ministro decidir se abre ou n�o a investiga��o. N�o h� prazo para isso.
Em novembro de 2016, Calero acusou o ent�o ministro Geddel de t�-lo pressionado a produzir um parecer t�cnico para favorecer seus interesses pessoais. A informa��o foi revelada pela Folha.
A PGR pretende apurar supostas amea�as que o deputado L�cio teria feito a Calero "� �poca em que este ocupava o cargo de Ministro de Estado da Cultura, em fun��o da divulga��o das supostas press�es que sofria por parte de Geddel Quadros Vieira Lima para libera��o, pelo IPHN (Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico), da obra no empreendimento La Vue", informa a decis�o de Fachin.
SAL�RIO DE FUNCION�RIOS
Fachin j� havia autorizado a abertura de um novo inqu�rito contra os Vieira Lima -Marluce, L�cio, Geddel e o irm�o mais velho, Afr�sio Filho –para apurar se a fam�lia ficava com parte do sal�rio dos funcion�rios.
Em depoimento � Pol�cia Federal, o ex-assessor da fam�lia, Job Brand�o, disse que devolvia parte do seu sal�rio para a fam�lia, que ficava guardado no apartamento de Marluce, em caixas e malas alocadas no closet dela.
Segundo ele, Marluce "tinha ci�ncia do dinheiro guardo e tamb�m pedia que o declarante separasse dinheiro a pedido de Geddel e L�cio".
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