No 10� depoimento, Cabral diz proteger 'companheiros de lutas'
No 10� depoimento � Justi�a Federal desde que foi preso em novembro de 2016, o ex-governador do Rio S�rgio Cabral afirmou que arrecadou caixa dois para campanhas de correligion�rios, mas se negou a mencion�-los.
"Isso implicaria citar companheiros meus, de lutas pol�ticas", afirmou o peemedebista ao juiz Marcelo Bretas.
A afirma��o foi feita quando o magistrado o instou a comprovar a tese de defesa desde o primeiro depoimento, de que os recursos dados por empreiteiras ao longo de seu governo tinha como destino campanhas eleitorais.
"O senhor entende que, n�o dando essas informa��es, dificulta [a defesa]", disse Bretas.
O peemedebista j� havia afirmado em interrogat�rios anteriores que arrecadou caixa dois para a campanha de reelei��o para o governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB), em 2014. Mencionou ainda as campanhas municipais de 2008 e 2012, sem apontar para quais aliados recolheu o dinheiro.
Cabral voltou a criticar r�us que firmaram dela��o premiada, em especial seu ex-assessor Carlos Emanuel Miranda, apontado pelas investiga��es como o "gerente da propina" do ex-governador.
"Delator e traidor. Mentiroso. Nelson Rodrigues tem a figura do cunhado canalha. Ele � o primo canalha [Miranda era casado com uma prima de Cabral]", declarou.
"Basta apontar o dedo para mim que ganha o pr�mio da dela��o. Todo mundo que fala de mim, se d� bem", disse Cabral.
O peemedebista voltou a classificar Miranda como um "amarra-cachorro", mas confirmou que pagava um sal�rio mensal ao economista com "sobras de caixa dois". Ele afirmou que o ex-assessor recebia cerca de R$ 70 mil por m�s –o economista declarou que recebia R$ 150 mil mensais.
O peemedebista dep�s na a��o penal que trata da suposta mesada paga pela Carioca Engenharia para o grupo de Cabral. Segundo a den�ncia, o peemedebista recebeu cerca de R$ 39 milh�es no esquema com a empreiteira.
R�u em 16 a��es penais, Cabral j� prestou nove depoimentos a Bretas e um ao juiz Sergio Moro. Tr�s processos j� tiveram senten�a que j� somam 72 anos de pena ao ex-governador, com recursos na segunda inst�ncia.
FLAMENGO
Ao fim da audi�ncia, Cabral lamentou o empate do Flamengo com o Independiente, que culminou com a perda do t�tulo da Copa Sul-Americana.
"Torci a be�a. Sofri porque o Vasco ia passar para segunda fase direto, seria bem melhor. Meus filhos s�o vasca�nos, e reclamam. Mas � pragm�tico", disse ao magistrado, flamenguista.
"N�o vamos falar disso", respondeu Bretas, que declarou n�o ter visto o jogo.
Urbano Erbiste - 15.dez.2016/Ag�ncia O Globo | ||
O juiz federal Marcelo Bretas, que havia pedido a transfer�ncia de Cabral |
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