Procuradoria se manifesta a favor da manuten��o da pris�o de Geddel
Pedro Ladeira - 8.set.2017/Folhapress | ||
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Geddel Vieira Lima chega preso ao hangar da PF em Bras�lia |
A PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica) se manifestou a favor da manuten��o da pris�o preventiva de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Michel Temer.
Em documento encaminhado ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), na sexta-feira (17), o vice-procurador-geral Luciano Maia afirmou que uma eventual concess�o de liberdade a Geddel "coloca em grave risco a ordem p�blica e vulnera a garantia da aplica��o da lei penal".
Maia ressalta que o ex-ministro � suspeito de ter ocultado quase R$ 52 milh�es em um apartamento, que, quando descoberto, "constituiu a maior apreens�o de dinheiro vivo da hist�ria criminal brasileira".
O procurador destaca informa��es apresentadas por Job Ribeiro Brand�o, ex-assessor de Geddel e de seu irm�o, o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA). As digitais de Job foram identificadas no dinheiro que estava no im�vel.
No documento, Maia afirma que Job disse � Pol�cia Federal que destruiu anota��es, agendas e documentos a pedido de Geddel, de L�cio e de Marluce, a m�e deles, enquanto o ex-ministro cumpria pris�o domiciliar, entre julho e setembro deste ano, em Salvador.
Os documentos destru�dos, de acordo com Job, foram "colocados em sacos de lixo e descartados", e "picotados e colocados na descarga do vaso sanit�rio".
O procurador destaca que existe a suspeita de que os irm�os tenham cometido o crime de peculato, pois Job disse que devolvia cerca de 80% do sal�rio como assessor parlamentar (R$ 8.000) aos pol�ticos.
Job disse ter sido contratado como assessor parlamentar, mas que prestava servi�os pessoais � fam�lia, para a qual trabalhou durante 28 anos.
"Tal suposta pr�tica de peculato do patrim�nio da Uni�o teria perdurado at� Job ser sido exonerado da fun��o p�blica, em 27/10/2017, por efeito desta investiga��o", escreveu o procurador.
"Ao que tudo indica, portanto, uma rela��o criminosa de trato sucessivo, levada a efeito tamb�m por Geddel, subsistiu � sua pris�o domiciliar e � atual pris�o preventiva em Bras�lia/DF —decretada em 17/10/2017", afirmou.
Maia tamb�m destaca que o corretor de valores L�cio Funaro disse que sua mulher foi procurada por Geddel, que queria evitar que ele fizesse acordo de dela��o premiada com a Lava Jato.
Geddel foi preso em 5 de setembro, ap�s a PF apreender R$ 51 milh�es em um apartamento em Salvador.
O caso era investigado na primeira inst�ncia, mas foi deslocado para o STF depois que surgiram ind�cios de participa��o do deputado federal L�cio Vieira Lima.
Em nota, o advogado de Geddel, Gamil F�ppel, disse que "� de se lamentar que, mais uma vez, as ag�ncias respons�veis pela persecu��o penal (Minist�rio P�blico e Pol�cia) permane�am na constante postura de viola��o ao devido processo legal, impedindo o pleno exerc�cio do contradit�rio e ampla defesa, ao impossibilitar o acesso a provas j� produzidas e documentadas no procedimento de investiga��o".
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