Filiado ao PSC, presidente do BNDES diz querer 'higienizar' a pol�tica
Armando Paiva/Agif/Folhapress | ||
Cerim�nia de posse do novo presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, em junho |
Rec�m-filiado ao PSC, o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social), Paulo Rabello de Castro, afirmou neste s�bado (18) que vai trabalhar para "higienizar" a pol�tica.
A declara��o foi dada em encontro do PSC em Salvador no qual foi apresentado a uma milit�ncia de 2.000 pessoas como pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica.
"Vamos desintoxicar a pol�tica brasileira, passar por um processo de limpeza, de higieniza��o, de compromisso efetivo", afirmou Rabello, defendendo que as mudan�as aconte�am dentro da pol�tica. "Temos que caminhar com os pol�ticos, mas com compromisso renovado", disse.
O presidente do BNDES filiou-se ao PSC no in�cio deste m�s ap�s convite do presidente nacional do partido, Pastor Everaldo. Antes, foi um dos fundadores do Partido Novo.
A chegada de Rabello coincide com o processo de sa�da do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) —tamb�m pr�-candidato � Presid�ncia— que anunciou filia��o ao PEN, partido nanico que deve trocar o nome para Patriotas.
A mudan�a fez o PSC refor�ar um discurso voltado ao liberalismo econ�mico. Nos �ltimos programas partid�rios na televis�o, deputados e dirigentes adotaram o slogan "mais Brasil e menos Bras�lia", em defesa redu��o da burocracia estatal.
Ligado a igrejas evang�licas como a Assembleia de Deus, o PSC � conhecido por defender bandeiras ligadas ao campo da moral e dos costumes, como a defesa da "fam�lia tradicional" e a milit�ncia contra a descriminaliza��o do aborto.
IN�CIO DE JORNADA
Em discurso � milit�ncia do PSC em Salvador, Rabello evitou falar sobre a disputa presidencial, mas disse ser "candidato a fazer o Brasil ficar melhor" e classificou o evento partid�rio como o "in�cio de uma jornada rumo a transforma��o do pa�s".
Criticou o excesso de burocracia do governo e defendeu regras claras no campo econ�mico. "A burocracia tira a seguran�a do empres�rio na hora de investir. Precisamos de regras claras e simplifica��o dos neg�cios", disse.
Tamb�m afirmou que o Brasil era o "pa�s das elites endinheiradas" e defendeu "inclus�o" e a "igualdade de oportunidades".
Rabello justificou a mudan�a de partido afirmando que queria estar alinhado a "princ�pios sociais e crist�os". E citou o "antigo PFL" e o senador Ant�nio Carlos Magalh�es [1927-2007] como uma de suas refer�ncias na politica.
Em entrevista, Rabello ainda defendeu a opera��o Lava Jato, que foi classificada como "importante, corajosa e inevit�vel". E disse que as investiga��es devem servir como uma "porta de entrada para um outro Brasil".
Um dos citados na opera��o � o presidente do PSC, Pastor Everaldo, acusado por delatores da Odebrecht de receber R$ 6 milh�es por meio de caixa 2 na campanha de 2014, quando foi candidato � Presid�ncia e terminou a elei��o em quinto lugar.
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