Pez�o mant�m indica��o ao TCE de deputado levado pela PF para depor
Reprodu��o/Facebook | ||
O deputado estadual Edson Albertassi, do Rio de Janeiro |
O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), disse que manter�, por enquanto, a indica��o do deputado estadual Edson Albertassi (PMDB) ao cargo de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Albertassi foi levado para depor na Pol�cia Federal, na manh� desta ter�a-feira (14), no �mbito da opera��o Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que investiga suspeitas de repasses de propina das empresas de �nibus a parlamentares do Estado do Rio.
O governador disse que todos t�m direito a ampla defesa e que seria cedo para retirar a indica��o do parlamentar ao cargo no �rg�o que fiscaliza as finan�as do Estado.
Segundo o governador, ainda � cedo para mudar o nome a ser indicado com base nas investiga��es em curso.
"� cedo [para descartar o nome de Albertassi]. Eu mesmo j� fui investigado por dois anos pela PF. Vamos esperar o transcorrer do dia e dar �s pessoas o amplo direito de defesa", disse o governador em agenda no Pal�cio Guanabara, sede do governo no Rio.
Tr�s deputados da c�pula do PMDB do Rio foram levados a depor nesta ter�a: Albertassi, Paulo Melo e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani. Eles tiveram ainda pedido de pris�o em flagrante emitido pelo Minist�rio P�blico Federal, que est� ainda em an�lise pela Justi�a.
Um dos filhos de Picciani, o veterin�rio Felipe Picciani, foi preso em Uberl�ndia. Ele � executivo da empresa Agrobilara, sob suspeita de ser usada para lavagem de dinheiro do suposto esquema.
Em nota, Picciani disse que a pris�o de seu filho "foi uma covardia". "[Foi] feita para atingir somente a mim", disse Jorge Picciani. Ele negou as acusa��es e afirmou que a empresa Agrobilara atua h� 33 anos no ramos de reprodu��o de bovinos.
A indica��o de Albertassi para a vaga no TCE foi um dos argumentos usados pelo Minist�rio P�blico Federal para pedir a pris�o em flagrante do parlamentar.
Pez�o o indiciou ap�s os conselheiros-substitutos que atualmente integram a corte terem renunciado � disputa pela nomea��o. A aus�ncia de candidatos abriu uma brecha –question�vel na an�lise da Procuradoria– para a escolha livre do governador, a depender da aprova��o da Assembleia.
"Fazer do deputado Albertassi um membro do TCE a esta altura � uma demonstra��o forte de poder por parte da organiza��o criminosa, poder este que somente encontrar� barreira suficiente na decis�o judicial de acautelar a ordem p�blica e proteger a atividade persecut�ria que ora se inicia", afirma a Procuradoria no pedido de pris�o.
Pez�o, contudo, rebateu os argumentos ao afirmar que a indica��o foi feita porque o parlamentar era qualificado para o cargo.
A indica��o foi suspensa por decis�o do Tribunal de Justi�a do Rio. Caso ela se concretizasse, toda a investiga��o seria levada para o STJ (Superior Tribunal de Justi�a).
A procuradora Andr�a Bay�o Freire afirmou "n�o ter elementos concretos" de envolvimento de Pez�o na suposta tentativa de atrasar as investiga��es.
Desde mar�o o TCE funciona com tr�s conselheiros substitutos, em raz�o da pris�o de quatro conselheiros, al�m do pr�prio ent�o presidente.
Horas depois da a��o da PF, parte da c�pula da pol�tica fluminense se reuniu no Pal�cio Guanabara para celebrar a destina��o de R$ 91 milh�es em emendas parlamentares a serem investidas na sa�de dos munic�pios do Estado.
O evento teve a presen�a do governador, do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Maia defendeu a continuidade das investiga��es sobre a c�pula do PMDB do Rio.
"� importante que a sociedade saiba que a investiga��o avan�a independentemente de atingir a, b ou c", disse. "Quem for v�tima [de acusa��es injustas] poder� se defender e quem cometeu erros pagar� por eles", disse.
Apesar do clima tenso nos bastidores, Maia, Pez�o e Crivella chegaram ao evento bem humorados, fazendo piadas sobre futebol. O clima de descontra��o perdurou na sess�o de discursos. Nenhuma autoridade mencionou as a��es desta manh�.
Ao contr�rio, Pez�o agradeceu o apoio da Assembleia Legislativa no plano de recupera��o fiscal do Estado e tamb�m ao ex-secret�rio de Sa�de, Sergio C�rtes, hoje preso pela Lava Jato, em a��es passadas na gest�o da pasta no Rio.
O �nico que fez men��o aos acontecimentos recentes, ainda que de forma velada e em tom de brincadeira, foi o deputado Hugo Leal (PSB-RJ). Ele justificou o atraso de um aliado que estaria "preso no tr�nsito". "Preso n�o, retido", brincou, provocando risada geral.
O evento marcava a distribui��o de recursos de emendas parlamentares para UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em munic�pios fluminenses.
Hugo Leal quebrou o protocolo e convidou os parlamentares a subirem ao palco e receberem cheques fict�cios de R$ 2 milh�es a R$ 4 milh�es. Ele ficou respons�vel por distribuir os recursos.
"Quem n�o est� aqui n�o vai receber", brincou Leal.
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