Duas pessoas s�o presas no Rio em a��o da Opera��o Ponto Final
A Pol�cia Federal prendeu na manh� desta sexta-feira (25) duas pessoas no escrit�rio da Riocard, empresa que faz a gest�o dos bilhetes eletr�nicos do transporte de �nibus do Rio.
A pol�cia fazia buscas referentes �s investiga��es da Opera��o Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que investiga suspeitas de propinas no setor dos transportes do Rio.
Dois funcion�rios da Riocard foram presos em flagrante no momento da opera��o por suspeita de obstru��o de Justi�a. Eles estariam tentando esconder um computador dos investigadores.
O Minist�rio P�blico Federal no Rio apura repasses da Fetranspor, a federa��o de �nibus do Estado do Rio, �s empresas em raz�o de ressarcimentos de bilhete �nico e o uso do Riocard.
Procuradores da Lava Jato consideram haver ind�cios de que o sistema de bilhetagem e o ressarcimento eram parte de esquema da chamada "caixinha da propina" da Fetranspor. A for�a-tarefa suspeita que os valores possam ter sido manipulados por denunciados na Opera��o Ponto Final.
Segundo o Minist�rio P�blico Federal no Rio, a Fetranspor se recusava a prestar contas das movimenta��es ao Tribunal de Contas do sistema de ressarcimento de bilhete �nico. "Para os procuradores, tal recusa demonstra a falta de transpar�ncia na gest�o dos recursos p�blicos", afirma o MPF em nota.
CAIXA DOIS
Durante a Ponto Final, investigadores encontraram suspeitas de que o ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) teria recebido R$ 144,7 milh�es do setor de transportes, entre os anos de 2010 e 2016.
No mesmo per�odo, o ent�o presidente do Departamento de Transportes Rodovi�rios do Estado do Rio de Janeiro (Detro), Rog�rio Onofre, teria recebido R$ 43,4 milh�es.
A propina seria paga com recursos de caixa dois formado pela Fetranspor a partir da arrecada��o junto a 26 empresas de �nibus, que somou R$ 250 milh�es entre 2013 e 2016, de acordo com o MPF.
"Os repasses de propina � organiza��o criminosa tinham como contrapresta��o a pr�tica de atos de of�cio pelos gestores do Estado do Rio, porquanto o conjunto de fun��es exercidas pelos agentes p�blicos que integram o n�cleo administrativo e pol�tico da organiza��o est� relacionado com os interesses privados dos empres�rios como exploradores do transporte p�blico urbano. Dessa forma, os empres�rios denunciados garantiam a sua hegemonia no setor de transportes p�blicos, al�m de benef�cios na pol�tica tarif�ria e de gest�o desse servi�o p�blico de natureza essencial", diz o MPF.
Cabral est� preso. Os suspeitos do setor de transportes, contudo, foram beneficiados com habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Na quinta-feira (24), um ato reuniu ju�zes e artistas em apoio ao juiz Marcelo Bretas, respons�vel pela Ponto Final e que tinha sido criticado pelo ministro.
M�rcio Alves/Ag�ncia O Globo | ||
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Artistas e ju�zes participam de ato de desagravo ao juiz Bretas, na quinta-feira |
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