Dela��o tem v�deo de prefeito de Cuiab� recebendo dinheiro
Marcos Vergueiro/SECOM/Divulga��o | ||
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O prefeito de Cuiab�, Emanuel Pinheiro (PMDB-MT) |
O prefeito de Cuiab�, Emanuel Pinheiro (PMDB), aparece em um v�deo recebendo dinheiro vivo na �poca em que foi deputado estadual no Mato Grosso. Ele exerceu o cargo de 2010 a 2014.
O material integra a dela��o premiada do ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB), descrita como "monstruosa" pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que homologou o acordo neste m�s.
O conte�do do acordo est� mantido sob sigilo mesmo ap�s sua valida��o pelo STF.
Envolvidos nas investiga��es relataram que a entrega para Pinheiro registrada no v�deo teria acontecido entre os anos de 2012 e 2013 e que teria sido feita por S�lvio C�sar Corr�a Ara�jo, ex-chefe de gabinete de Barbosa e seu bra�o direito no governo.
Ara�jo, que assim como Barbosa chegou a ser preso, tamb�m fez acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal. Hoje ele cumpre pris�o domiciliar com tornozeleira eletr�nica.
O pagamento, segundo Barbosa, seria uma esp�cie de "mensalinho" para garantir apoio dos deputados estaduais ao seu governo.
O peemedebista afirmou que o esquema j� estava em vigor na gest�o do hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que o antecedeu no governo do Mato Grosso.
Al�m da grava��o de Pinheiro, o peemedebista entregou pelo menos mais nove v�deos de deputados e ex-deputados estaduais recebendo propina.
Segundo a Folha apurou, ao menos dois dos flagrados exercem mandatos. Um deles � prefeito de uma cidade do Mato Grosso. O outro � deputado federal em Bras�lia.
Envolvidos no acordo afirmaram � reportagem que os valores da propina podiam chegar a R$ 80 mil.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Jos� Geraldo Riva tamb�m afirmou, no acordo de dela��o que negocia com a Procuradoria Geral da Rep�blica, que o prefeito de Cuiab� se beneficiou do mensalinho.
20 ANOS DE PROPINA
Riva detalhou ainda um esquema de compra de deputados estaduais que dominou a Assembleia Legislativa do Mato Grosso por 20 anos. Envolvidos nas tratativas de sua colabora��o relataram � reportagem que ele cita nomes de parlamentares e valores de pessoas que desfrutaram deste esquema de 1995 a 2015.
Entre os benefici�rios da mesada do governo de Silval Barbosa, segundo Riva, est� o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). Ele atuou em campanhas de Barbosa e integrou seu grupo de apoio.
Em depoimento � Justi�a do Mato Grosso em abril deste ano, Riva afirmou que tamb�m recebia um mensalinho do governo do Estado.
"Era uma mesada, na linguagem popular, uma propina, que os deputados da bancada recebiam do governo", contou em audi�ncia.
O ex-deputado afirmou que inicialmente o valor era de R$ 15 mil, mas foi reajustado gradativamente e, por fim, saltou para cerca de R$ 25 mil.
Riva foi deputado estadual por cinco mandados consecutivos, de 1990 a 2015.
OUTRO LADO
O prefeito de Cuiab�, Emanuel Pinheiro (PMDB), disse por meio de sua assessoria de imprensa que nunca recebeu "mensalinho" ou dinheiro il�cito para apoiar o governo de Silval Barbosa (PMDB).
Pinheiro afirmou em nota que "refuta toda e qualquer ila��o que possa ter sido alegada com inten��o de enred�-lo nas supostas pr�ticas criminosas que teriam sido admitidas numa poss�vel dela��o".
O prefeito disse tamb�m que desconhece cita��o de seu nome em dela��es. Ele destacou que reitera sua absoluta confian�a na Justi�a e se colocou � disposi��o "para a elucida��o dos fatos".
O deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT), apontado como um dos benefici�rios do "mensalinho" pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa Jos� Riva, confirmou que integrou a base aliada do ex-governador, mas afirmou que a informa��o de que recebeu propina "n�o procede".
"Essa rela��o n�o existe". O parlamentar disse ainda que os delatores est�o "expondo todo mundo no Estado" e que a situa��o est� "imposs�vel" no Mato Grosso.
A reportagem n�o conseguiu contato com a defesa de S�lvio C�sar Corr�a Ara�jo, ex-chefe de gabinete de Barbosa, que firmou acordo de dela��o com o Minist�rio P�blico Federal.
As defesas do ex-governador e de Jos� Riva afirmaram que n�o podem se pronunciar sobre acordos de dela��o que est�o sob sigilo.
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