Se per�cia n�o apontar adultera��o, 'preocupar�', diz advogado de Temer
Marlene Bergamo - 7.jun.2017/Folhapress | ||
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O presidente Michel Temer |
O advogado Ant�nio Claudio Mariz de Oliveira, que defende Michel Temer (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (22) que, se a per�cia da Pol�cia Federal n�o apontar adultera��o na grava��o que o empres�rio Joesley Batista fez do presidente, "preocupar�".
"Se a per�cia n�o mostrar nada, fica dif�cil", afirmou. Mariz afirmou que o laudo contratado pela defesa de Temer, e os publicados pela Folha e o jornal "Estado de S.Paulo" permitem afirmar que a fita � "falseada, adulterada".
Em palestra na Casa do Saber, em S�o Paulo, Mariz criticou o STF (Supremo Tribunal Federal) por ter formado maioria no sentido de validar a dela��o premiada da JBS, que para ele violou a lei ao conceder perd�o a Joesey e outros executivos.
"Me espanta que o Supremo tenha lavado as m�os", afirmou o advogado. Ele disse que n�o se surpreendeu com a perman�ncia do ministro Edson Fachin na relatoria do caso.
Mariz fez cr�ticas ao acordo celebrado com a JBS, que segundo ele concedeu impunidade como pr�mio aos delatores sem que o Minist�rio P�blico tenha atribui��o para isso.
Ao se referir ao �udio que Joesley fez de Temer, disse com ironia: "O presidente da Rep�blica que se dane! Estamos diante de um estado de anomia social, de absoluta falta de regras".
Mariz atacou o uso da pena de pris�o no combate � corrup��o em vez de multa e defendeu medidas preventivas. "Empres�rios est�o sendo presos. Ing�nuo de quem achar que corrup��o acabou, ing�nuo de quem pensa que n�o se tenta mais levar vantagem."
O advogado n�o poupou cr�ticas ao Judici�rio, ao Minist�rio P�blico, � imprensa e � sociedade por uma sanha punitivista. "Parece que se a Justi�a inocenta, n�o fez justi�a", disse.
Mariz voltou a criticar a Lava Jato.
"A Lava Jato vai acabar, um dia ela termina, mas o efeito imediato � terr�vel. Os ju�zes jovens querem ser os novos Moros [em refer�ncia a Sergio Moro], acham que s�o combatentes do crime, um grande erro", afirmou. "A sociedade precsia ser alertada de que um dia precisar� de princ�pios."
"Hoje me preocupei muito com a decis�o do Supremo ao dizer que dela��o premiada n�o pode ser anulada. Na verdade, o Supremo est� se despojando de um direito-obriga��o que ele tem, que � o de dizer o Direito."
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