Propina a aliados de S�rgio Cabral era chamada de 'taxa de oxig�nio'
Os investigadores da Opera��o Calicute, que levou � pris�o do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) nesta quinta (17), relatam que a suposta propina paga por empreiteiras dentro da Secretaria de Obras do Estado era chamada de "taxa de oxig�nio".
De acordo com a for�a-tarefa da Lava Jato no Rio, que atuou em conjunto com a equipe de Curitiba na investiga��o, o "O2", como tamb�m foi chamado, era destinado ao ex-secret�rio da pasta, Hudson Braga, tamb�m preso na opera��o.
A "taxa de oxig�nio" era de 1% dos valores dos contratos. J� Cabral recebia 5% dos valores.
De acordo com O Minist�rio P�blico Federal no Rio, as propinas eram pagas em forma de mesada. A Andrade Gutierrez pagava R$ 350 mil por m�s e a Carioca Engenharia, R$ 500 mil a partir do segundo mandato do ex-governador –era R$ 200 mil no primeiro.
Os recursos eram repassados de diferentes formas, de acordo com os investigadores. Parte vinha de contratos fict�cios de consultoria por meio do empres�rio Adir Assad, que repassava os recursos � quadrilha.
Outra parte era repassado em esp�cie. De acordo com a Lava Jato, Cabral tinha como principal operador e controlador do pagamento de propina o ex-secret�rio de Governo Wilson Carlos, tamb�m preso pela PF.
Os respons�veis por recolher o valor em esp�cie seriam Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra, tamb�m detidos na opera��o.
De acordo com os procuradores, o dinheiro era coletado em mochilas. Em 14 de outubro de 2008, Miranda viajou a S�o Paulo exclusivamente para recolher a propina da Andrade Gutierrez, que n�o tinha os recursos em esp�cie para repassar � quadrilha de Cabral, sempre segundo os procuradores.
J� Hudson Braga tinha como operadores Jos� Orlando Rabelo e Wagner Jord�o Garcia, respons�veis por coletar a "taxa de oxig�nio".
Segundo o procurador Eduardo El Hage, membro da for�a-tarefa da Lava Jato no Rio, o termo "taxa de oxig�nio" foi identificado num e-mail enviado por Alex Sardinha, da construtora Oriente, em que menciona o repasse de R$ 77,8 mil referente a uma fatura paga � empresa.
Sardinha teve a pris�o tempor�ria decretada.
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