Fontes do Instituto Lula incluem bancos, produtora e construtoras
Construtoras pioneiras em neg�cios na �frica, produtora de cinema, bancos e universidade. Entre as 23 empresas que financiaram as atividades do Instituto Lula, al�m de grandes construtoras envolvidas na Opera��o Lava Jato, est�o grandes empres�rios �ntimos do poder federal e doadores tradicionais de campanhas eleitorais.
Os dados est�o na quebra de sigilo do instituto, que foi anexada a um inqu�rito da Lava Jato que agora est� no Supremo Tribunal Federal.
As maiores empreiteiras est�o nos primeiros lugares em doa��es, assim como alguns dos principais bancos do pa�s. Mas tamb�m houve doa��es expressivas de variados setores, como a Brasif, que ganhou notoriedade neste ano no caso de um pagamento � ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o grupo Objetivo/Unip (Universidade Paulista).
A faculdade fez doa��es por meio de sua editora, a Sol Soft's. O uso de um bra�o menos conhecido de um conglomerado tamb�m foi usado pelo banco Safra.
A Paic Participa��es, do empres�rio Ab�lio Diniz, contribuiu com R$ 2 milh�es. Outra doadora foi a Funda��o Brava, idealizada por Carlos Alberto Sicupira, um dos donos da Ambev e um dos brasileiros mais ricos na lista da revista "Forbes".
Os dados das finan�as se referem ao per�odo de 2011 a 2014. O total doado ao instituto no per�odo foi de R$ 34, 9 milh�es. Ao deflagrar em mar�o a fase Aletheia da Lava Jato, que tinha Lula como alvo, os investigadores levantaram suspeitas sobre as doa��es feitas ao instituto e afirmaram que a entidade pode ter recebido recursos de propina de empreiteiras com atua��o na Petrobras.
Empresas com neg�cios na �frica tamb�m procuraram o instituto para doa��es, como a Asperbras.
Um dos principais focos do instituto do ex-presidente � a integra��o do Brasil com pa�ses africanos. A ARG Ltda, que doou R$ 1 milh�o, atua na Guin� Equatorial desde 2007, onde constr�i estradas. Em 2011, Lula visitou o pa�s como representante da presidente Dilma Rousseff. O pa�s � governado pelo ditador Teodoro Obiang desde 1979.
Na lista de doadores tamb�m h� nomes n�o identificados pela Receita Federal, como "Hospital de Cl�nicas" e "Lets C�mbio Pr�mio".
H� ainda entre doadores uma produtora de cinema, a Movie & Art, de S�o Paulo. Um projeto de document�rio sobre o movimento sindical no pa�s motivou o pagamento de R$ 230 mil, feito em 2014. A empresa buscava uma "aproxima��o" com a entidade do petista, de acordo com o produtor Paulo Dantas.
A ideia era usar no filme materiais do acervo do instituto, como imagens de arquivo. O projeto n�o saiu do papel e agora est� congelado diante da crise pol�tica.
OUTRO LADO
O instituto, por meio de sua assessoria, afirmou que � uma associa��o sem fins lucrativos que tem despesas nas suas atividades. Disse que a imprensa "sonega" informa��es sobre seus trabalhos ao se concentrar apenas nas finan�as e afirma que n�o paga remunera��o nem transfere recursos.
Lula disse � PF que nunca procurou empresas para doa��es e que as receitas eram de responsabilidade da dire��o financeira da entidade.
Procurada, a Paic afirmou que contribui para diversas institui��es que promovem pol�ticas p�blicas. A Unip/Objetivo disse que fez as doa��es ap�s a an�lise do estatuto social do instituto.
Outros doadores n�o se manifestaram.
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