N�o havia como Lula n�o saber de desvios na Petrobras, diz Procuradoria
No pedido de busca e apreens�o contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o Minist�rio P�blico Federal diz que "n�o � cr�vel" que o petista n�o soubesse dos desvios na Petrobras e compara a empresa de palestras dele com empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.
No documento, os procuradores da Lava Jato afirmam que o esquema de corrup��o na estatal continuou ap�s a sa�da do ex-ministro Jos� Dirceu do governo, o que demonstra que algu�m, "ocupante de cargo de mesma ou at� superior posi��o hier�rquica no governo, participava do esquema".
Os investigadores tamb�m usaram como argumento declara��es p�blicas de Lula, como uma entrevista de 2005 em que ele afirmou que o PT usou caixa dois em sua campanha eleitoral. Lembrou ainda que, em depoimento, ele afirmou que a indica��o de diretores da Petrobras dependia de "acordos pol�ticos firmados".
"A estrutura criminosa perdurou por, pelo menos, uma d�cada. Nesse arranjo, os partidos e as pessoas que estavam no governo federal, dentre elas Lula, ocuparam posi��o central em rela��o a entidades e indiv�duos que diretamente se beneficiaram."
Alethea: 24� fase da Lava-jato - Quem foi alvo de condu��o coercitiva da PF
Ao abordar as provas contra o ex-presidente, os procuradores relatam detalhadamente os pagamentos da LILS, empresa de palestras e eventos do petista, e do Instituto Lula.
Entre 2011 e 2014, diz a pe�a, a empresa recebeu quase R$ 21 milh�es, sendo que quase metade dos valores foram pagos por cinco empreiteiras investigadas na Lava Jato. Tamb�m afirma que Lu�s Cl�udio, um dos filhos de Lula, recebeu R$ 227,1 mil da LILS.
O Minist�rio P�blico Federal salienta que LILS chegou a ter nenhum funcion�rio registrado, o que demonstra que os recursos transferidos pelas empreiteiras eram "vinculados" � pessoa que personifica as entidades.
Diz que a "utiliza��o de pessoa jur�dica para transferir recursos esp�rios entre os corruptores e os corrompidos" j� foi vista em outros casos da Lava Jato, citando empresas de fachada de Youssef e do operador Mario Goes.
TESOUREIRO
No documento, os procuradores pediram tr�s pris�es tempor�rias que n�o foram concedidas pelo juiz Sergio Moro: o ex-tesoureiro Jos� Filippi J�nior, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-executivo da empreiteira OAS Paulo Gordilho.
Ao falar sobre as suspeitas envolvendo Filippi, os procuradores afirmam que o delator Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, afirmou que pagou a ele um total de R$ 750 mil em esp�cie. Segundo Pessoa, o valor foi "abatido" dos valores de propina devidos em contratos da Petrobras. Filippi foi presidente do instituto por nove meses em 2011, al�m de prefeito de Diadema (SP) e deputado federal.
Okamotto, diz a pe�a, recebeu de 2011 a 2014 R$ 749,2 mil de lucros distribu�dos da empresa LILS.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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