Pedido da Procuradoria tenta desviar foco de esc�ndalos federais, diz Richa
O governador do Paran�, Beto Richa (PSDB), atribuiu o fato de seu nome aparecer em investiga��es em curso no Estado a uma tentativa de desviar o foco dos "esc�ndalos no governo federal".
A PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica) pediu a abertura de inqu�rito ao STJ (Superior Tribunal de Justi�a), mas, ao contr�rio do que informou mais cedo, o STJ ainda n�o decidiu se abrir� inqu�rito contra Richa. O pedido � para apurar se um esquema de corrup��o na Receita Estadual serviu para alimentar caixas de campanha eleitoral, incluindo a de Richa, em 2014, segundo den�ncia de um delator, que � colaborador nas investiga��es.
A rede de propinas � investigada pela Opera��o Publicano. O governador tem negado as acusa��es e afirmado que as contas de sua campanha foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral.
"Nunca tive tantas a��es como estou tendo agora. As coisas mudaram. Existe hoje a tentativa de investigar todos os gestores p�blicos, at�, em algumas situa��es, com um ingrediente pol�tico para fazer um contraponto de todas as investiga��es, esc�ndalos e den�ncias em rela��o ao governo federal", disse Richa, em entrevista � imprensa, na manh� desta ter�a-feira (2), em Almirante Tamandar�, na regi�o metropolitana de Curitiba.
Richa disse que "� um assunto mais do que requentado" e "rotina normal" de um governador, por ter foro privilegiado no STJ, ter seu processo conduzido por esse tribunal.
O governador chamou, ainda, de "balela" a acusa��o de ter recebido dinheiro de campanha desviado de esquema de corrup��o na Receita e afirmou que, em seu governo, foi aberta uma investiga��o para punir os eventuais respons�veis.
Na �ltima fase da Opera��o Publicano, em dezembro do ano passado, 40 auditores fiscais do Paran� foram presos, suspeitos de cobrar propinas milion�rias de empres�rios em troca da anula��o de d�vidas com o Estado.
A suspeita � que o esquema movimentava em m�dia R$ 50 milh�es por ano em propinas e j� funcionava havia tr�s d�cadas.
Paralelamente �s investiga��es da Publicano, o Minist�rio P�blico Estadual recebeu em maio do ano passado uma den�ncia an�nima de que a mulher do governador, Fernanda Richa, exigiu doa��es � campanha do marido e a uma ONG � qual ela � vinculada em troca de promo��o de auditores da Receita. A primeira-dama disse, na �poca, em nota, que a den�ncia contra ela era um "atentado" e que jamais interferiu em temas administrativos do governo. O Minist�rio P�blico arquivou a den�ncia por falta de provas.
QUADRO NEGRO
Al�m da rede de propina montada na Receita Estadual, o governo Richa tamb�m � citado em outra opera��o, sobre esquema de desvio de recursos de contratos para a constru��o de escolas no Estado.
Na opera��o, batizada de Quadro Negro, foram presos ainda no ano passado um ex-diretor da Secretaria da Educa��o do governo tucano, al�m de quatro funcion�rios de uma empreiteira respons�vel pelo desvio.
Questionado nesta ter�a sobre a Quadro Negro, o governador disse � imprensa que todos os suspeitos foram demitidos e que os principais apontados como envolvidos na fraude foram presos pela Pol�cia Civil. "Vamos cobrar at� o �ltimo centavo desviado do dinheiro p�blico."
Pela tarde, em nota divulgada por sua assessoria, o governador disse desconhecer o conte�do do pedido da PGR, que corre sob sigilo, e afirmou que n�o h� nenhuma rela��o entre seus gastos de campanha em 2014 e o os auditores fiscais denunciados pela Publicano.
Disse ainda que todas as contas de campanha foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral, que nada teme e que � "o maior interessado na apura��o completa e r�pida" das den�ncias.
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