Dela��o de Paulo Roberto � 'pol�tica', diz Pez�o
Ricardo Borges - 25.fev.15/Folhapress | ||
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o, durante visita �s obras da linha 4 do metr� |
O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (13) que a dela��o premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, � uma "den�ncia pol�tica". O depoimento foi a base para a abertura de inqu�rito contra o peemedebista, seu antecessor no cargo, S�rgio Cabral (PMDB), e o ex-secret�rio da Casa Civil, R�gis Fichtner, no STJ (Superior Tribunal de Justi�a) pela Opera��o Lava Jato.
De acordo com Pez�o, o fato de Paulo Roberto ter trabalhado na pr�-campanha do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio no ano passado compromete seu depoimento. O ex-diretor afirma que intermediou o repasse de R$ 30 milh�es de empreiteiras para o "caixa dois" da campanha de reelei��o de Cabral em 2010, em que o atual governador era vice.
"Sei que a pessoa que fez a dela��o premiada estava a servi�o de uma outra candidatura. Era o captador de recursos de outra candidatura. Era o coordenador do programa de governo. � uma den�ncia pol�tica", disse Pez�o.
Paulo Roberto se reuniu algumas vezes com Lindbergh em 2014 antes do in�cio da campanha ao governo do Rio, quando j� n�o trabalhava mais na Petrobras. Ele era o coordenador do plano de governo para o setor de petr�leo, g�s, energia e infraestrutura. Seria tamb�m secret�rio de Desenvolvimento caso o petista vencesse a disputa –ele terminou em quarto.
Lindbergh tamb�m � investigado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica na Opera��o Lava Jato. O petista se reuniu em 2010 dentro da Petrobras com Paulo Roberto para pedir ajuda na capta��o de recursos para sua campanha ao Senado. O ex-diretor afirmou, em dela��o premiada, que as doa��es sa�ram do desvio de 3% de contratos da estatal destinado a propina a pol�ticos. O senador diz que n�o sabia da corrup��o na empresa.
Pez�o, por sua vez, � acusado por Paulo Roberto de ter participado de uma reuni�o com ele, Cabral e Fichtner em 2010, na qual foi solicitado ao ex-diretor da Petrobras recursos para o "caixa dois" da campanha ao governo do Rio em 2010. Os tr�s negam ter pedido dinheiro ao delator.
O governador afirma que se considera "julgado e condenado" com a instala��o do inqu�rito. Ap�s a investiga��o, a procuradoria vai definir se prop�e a��o penal contra Pez�o no STJ, que o julgar� culpado ou inocente.
"Estou � disposi��o da Justi�a. Mas lamento esse n�vel de exposi��o com uma dela��o de uma pessoa que era coordenador de campanha dos meus advers�rios. [...] Eu j� fui julgado e condenado. Agora v�o me dar o direito de defesa. Fiquei surpreso ao chegar nesse n�vel de exposi��o por ter ouvido uma conversa que n�o aconteceu."
PAES
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defendeu os aliados. Ele disse que o inqu�rito no STJ deve correr com rapidez, e afirmou ter seguran�a de que Pez�o, Cabral e Fichtner ser�o absolvidos.
"Inqu�rito faz parte da democracia, n�o � condena��o. Algumas pessoas nessa situa��o v�o ser caracterizadas como participantes de esquema de corrup��o, e devem ser punidos. Outros ser�o absolvidos. � o que tenho certeza que vai acontecer com Pez�o e Cabral. S� acho que deve haver celeridade no processo", disse Paes.
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