Ex-seguran�as sabem quem matou PC Farias, diz promotor
Promotor respons�vel pela acusa��o contra os ex-seguran�as de PC Farias, Marco Mousinho disse nesta sexta-feira (10) ap�s a divulga��o do resultado do julgamento que os quatro r�us, absolvidos pelo j�ri, sabem quem assassinou o empres�rio e sua namorada, Suzana Marcolino, em 1996.
"Ningu�m sabe [quem puxou o gatilho], s� eles. Os jurados disseram que eles sabiam. Duplo homic�dio, que os jurados reconheceram, que eles eram os autores, por omiss�o, mas, por clem�ncia, os absolveram", disse o promotor ap�s a leitura da decis�o dos sete jurados.
J�ri diz que ex-seguran�as s�o inocentes e que Suzana n�o matou PC Farias
N�o precisamos mais da arma, diz juiz
Itawi Albuquerque/Dicom/TJ-AL |
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Promotor Marcos Mousinho |
Mousinho se disse satisfeito apenas com parte do resultado do julgamento. "Afastaram a tese de suic�dio de Suzana, reconheceram que eles [ex-seguran�as] tinham o dever e obriga��o de impedir o resultado, mas, por clem�ncia, os absolveram. Uma tese que sequer foi utilizada em plen�rio", afirmou.
Sobre a autoria do duplo assassinato, o promotor disse que os jurados "reconheceram que eles [PMs] s�o autores mediatos, reconheceram que deviam e podiam agir".
Questionado sobre Augusto Farias, irm�o de PC que chegou a ser investigado no caso e teve o seu inqu�rito arquivado no Supremo Tribunal Federal, o promotor disse: "N�o tem prova nova nenhuma contra ele".
O promotor disse que ainda vai analisar se ir� recorrer da decis�o. "Vou analisar [poss�vel recurso]. A tese do Minist�rio P�blica foi vitoriosa. Foi reconhecida."
J�RI
A maioria dos integrantes do j�ri popular entenderam que os policiais militares Adeildo dos Santos, Reinaldo de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e Jos� Geraldo da Silva, que � �poca faziam a seguran�a de PC Farias, n�o tiveram participa��o direta no crime nem se omitiram na seguran�a do casal.
Em 23 de dezembro 1996, quando mortos, PC Farias tinha 50 anos, e Suzana, 28. Eles foram encontrados mortos com um tiro cada, na cama, na casa de praia do empres�rio, na capital alagoana.
O juiz tamb�m determinou que seja oferecida den�ncia contra Augusto Farias, irm�o de PC, por causa da acusa��o de corrup��o ativa contra os delegados Alcides Andrade de Alencar e Ant�nio Carlos Azevedo Lessa. Durante o julgamento, os investigadores denunciaram que um porta-voz de Augusto teria oferecido suborno a eles.
Augusto Farias j� havia sido acusado de ser o mandante da morte de PC Farias. O caso foi para o SRF (Supremo Tribunal Federal) porque ele tinha foro privilegiado por ser deputado, mas acabou arquivado.
Tesoureiro de campanha de Fernando Collor em 1989, PC Farias foi o articulador do esquema de corrup��o no governo denunciado � �poca que culminou no processo de impeachment do ent�o presidente, em 1992.
Os cinco dias de julgamentos foram marcados por uma guerra de per�cias. O primeiro laudo, de 1996, elaborado por peritos de Alagoas e da equipe de Badan Palhares, que na �poca era da Unicamp, conclu�a que houve um homic�dio e depois um suic�dio.
O laudo foi contestado e, no ano seguinte, a equipe comandada pelo legista Daniel Mu�oz, da USP, concluiu a ocorr�ncia de um duplo homic�dio.
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