Real atinge patamar recorde de valoriza��o em rela��o ao d�lar
O real nunca esteve t�o valorizado em rela��o ao d�lar. C�lculos da Funcex (Funda��o Centro de Estudos do Com�rcio Exterior) com base na taxa real de c�mbio mostram que o poder de compra da moeda brasileira praticamente dobrou em rela��o ao verificado em julho de 1994, in�cio do Plano Real.
Evaristo Sa -01.han.2011/AFP |
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Segundo a Funcex, � como se o d�lar estivesse 50% mais barato do que naquela �poca. Ou seja, o brasileiro pode comprar o dobro do que compraria com os mesmos reais. Se for considerado o m�s de dezembro de 1998, v�spera da libera��o do c�mbio, o d�lar estaria cerca de 40% mais barato.
A taxa real efetiva do d�lar � apenas uma das formas usadas para se calcular a rela��o entre duas moedas. Nesse caso, s�o consideradas as taxas de c�mbio e infla��o em 13 pa�ses e o peso de cada um nas rela��es comerciais com o Brasil.
O levantamento mostra que o real est� em um patamar recorde de valoriza��o em rela��o ao d�lar no per�odo analisado, que come�a em 1985.
Kevin Lamarque -19.mar.2011/Reuters |
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Entre os motivos para essa valoriza��o da moeda brasileira est� a forte entrada de d�lares no pa�s no primeiro trimestre deste ano. Foram US$ 35,6 bilh�es, maior valor da s�rie iniciada em 1982 pelo Banco Central. � tamb�m mais que o dobro do recorde anterior, verificado no mesmo per�odo de 2006 (US$ 17,7 bilh�es). A entrada de dinheiro cresceu no in�cio da semana, um dia antes de o governo anunciar novas medidas cambiais.
Outra forma de medir o n�vel da taxa de c�mbio � utilizar a paridade de poder de compra (PPC), que considera uma cesta de produtos em cada um dos pa�ses.
� o caso do �ndice Big Mac, divulgado pela revista "The Economist", que mede o pre�o do sandu�che nos EUA e Brasil em d�lar e mostra um real sobrevalorizado.
O economista Fl�vio Samara, da consultoria LCA, utiliza tamb�m o PPC calculado pelo FMI. Nesse caso, a paridade estava perto do valor negociado no mercado no final de 2010 (R$ 1,66). Para dezembro de 2011, a proje��o mostra uma taxa de R$ 1,71.
"Dependendo da metodologia, podemos ter uma leitura diferente. Acreditamos que o real est� sobrevalorizado. O valor justo hoje seria mais pr�ximo de R$ 1,70 ou R$ 1,75", diz Samara.
Ele calcula ainda que, se fossem consideradas vari�veis como fluxo cambial, pre�o de commodities e risco pa�s, o d�lar poderia cair para patamar de R$ 1,50, o que s� n�o acontece por contas das interven��es e medidas cambiais do governo.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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