Descrição de chapéu se ela não sabe, quem sabe?

Em podcast, Neca Setubal fala sobre a culpa de ser rica superada com terapia

Em episódio que encerra a temporada de Se ela não sabe, quem sabe?, entrevistada trata de limites que o carimbo de banqueira impõe

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São Paulo

O nó de ter nascido em uma família com muito dinheiro e ter optado pelo trabalho social rendeu a Neca Setubal bastante trabalho na terapia. "Era uma sensação de não lugar". No podcast Se ela não sabe, quem sabe?, a socióloga que preside o conselho da Fundação Tide Setubal e é uma das herdeiras do grupo Itaú fala a Tati Bernardi sobre a experiência que define como contraditória e a culpa de ser rica.

"Até conseguir elaborar e pensar: ‘desse meu lugar eu posso fazer muita coisa’ e, desse meu lugar, assumir a responsabilidade de fazer muita coisa que eu acredito, e viver os princípios que eu acredito. Fazendo, atuando, por uma sociedade melhor, um país mais justo e uma democracia mais forte. Mas demorou."

Neca fala também do interesse na política. Diz que, apesar dele, não pode atuar de qualquer maneira na área. "Eu fico com o carimbo de banqueira." Por isso, se mantém nos bastidores.

A socióloga, que tem 73 anos e está lançando a autobiografia "Minha Escolha pela Ação Social: Sobre Legados, Territórios e Democracia" (Tinta-da-China Brasil), afirma se sentir um ser humano melhor hoje. "Eu não sou aquela pessoa que queria ter 30 anos. Não queria. Eu sinto que fui melhorando. Fisicamente, não. Me acho um ser humano melhor de cabeça, de jeito e intelectualmente."

O episódio desta sexta-feira (21) encerra a primeira temporada do podcast. Nele, Tati conversa com grandes mulheres com mais de 50 anos para que elas tragam respostas essenciais para pessoas de todas as idades. O projeto foi inspirado no americano "Wiser Than Me", apresentado pela atriz Julia Louis-Dreyfus.

Nesta primeira temporada de Se ela não sabe, quem sabe? também foram entrevistadas Fernanda Torres, Zezé Motta, Luiza Trajano, Bruna Lombardi, Dira Paes, Laerte e Elisa Lucinda.

O podcast está disponível nas principais plataformas de áudio. O projeto foi coordenado pela editoria de Podcasts da Folha e pela iniciativa Todas, e teve produção do Zamunda Studio.

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