O Brasil tem trocado a crença no mito da democracia racial, que sugeria não haver discriminação pela cor da pele no país, pela discussão sobre os mecanismos que perpetuam o racismo estrutural.
A Folha decidiu contribuir para esse debate criando um índice que mede a distância entre a realidade de desigualdade racial nos estados e nas regiões do país e um cenário hipotético de equilíbrio, em que a presença dos negros em recortes privilegiados refletisse exatamente seu peso na população de 30 anos ou mais.
Desenvolvido pelos economistas Sergio Firpo, Michael França e Alysson Portella, do Insper, o Ifer (Índice Folha de Equilíbrio Racial) mede o acesso racial a melhores condições de vida com base em três componentes: ensino superior completo e presença tanto no topo da distribuição de renda quanto no grupo de habitantes mais longevos.
Os resultados do Ifer confirmam que os negros —grupo formado por pretos e pardos— são excluídos de melhores oportunidades de vida em todo o país.
Mas algo que o índice não consegue capturar é o nível de segurança que os brasileiros sentem ao autodeclarar sua cor ou raça, em um país altamente miscigenado.
Como essa informação também é crucial para o debate e para a formulação de políticas públicas, a Folha gostaria de perguntar a você, leitor, se tem ou já teve dúvidas sobre se é pardo, preto, branco, indígena ou amarelo? Você já mudou sua autodeclaração de cor/raça nos últimos anos?
Contribua para a discussão racial no Brasil e envie seu relato pelo email interacao@grupofolha.com.br. O texto precisa ter no máximo 200 palavras e estar no corpo da mensagem (não anexo em forma de PDF ou documento do Word). Publicaremos uma seleção de depoimentos.
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