Bolsonaro
Parabenizo Felipe Bächtold pelo texto "Psicanalistas veem cálculo político e gestão do ódio em atos de Bolsonaro" (Poder, 4/4). O texto esclarece com precisão a enrascada em que nos metemos ao tentarmos nos ver livres do PT.
Marcos Fortunato de Barros (Americana, SP)
Covid e igrejas
Tentando justificar o injustificável nesse momento de recrudescimentos da pandemia e exaustão do sistema de saúde, o ministro Kássio Nunes fala da "essencialidade da atividade religiosa (...) por conferir acolhimento e conforto espiritual" ("Ministro Kassio Nunes libera cultos e missas no país, em meio a medidas restritivas da Covid", Saúde, 3/4). Entretanto limita a presença aos cultos em 25% da capacidade da igreja. Pergunto: só 25% merecem o tal acolhimento e conforto espiritual?
Maria Helena Rabelo Campos (Nova Lima, MG)
Muito boa a decisão do ministro Marques. Alguns templos ou igrejas fazem trabalhos assistenciais, e as atividades religiosas ajudam, inclusive no aspecto psicológico. Há muita gente precisando desse amparo por causa das restrições econômicas e sociais impostas. Os que propugnam pela proibição de cultos são, em geral, pessoas que conseguiram manter uma vida cômoda mesmo na pandemia.
João Paulo Zizas (São Bernardo do Campo, SP)
O toga com K desconsidera a onipresença divina e libera o culto à morte. Deus castiga.
Ludovico Ribondi (Brasília, DF)
O artigo do reverendo Adilson de Souza Filho ("Os horrores da necroespiritualidade", Tendências / Debates, 4/4) é um clamor profético contra líderes políticos, pastores e negacionistas que insistem em abrir seus templos. Negam assim o exemplo de Cristo: "Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância".
João Dias de Araújo Filho, presbítero da Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras (São Paulo, SP)
Militares
Concordo com a ombudsman ("A (des)politização dos militares", Poder, 4/4). Como muitos brasileiros que alcançam a elite, militares gostam das benesses de cargos públicos, privilégios, mordomias... A imprensa precisa entender melhor o que a corporação militar almeja neste e nos próximos governos.
Miranjela Leite (São Paulo, SP)
Brilhante o texto da ombudsman, Flávia Lima. E parabéns à Folha por, diferentemente de outros jornais, manter no ar essa voz eventualmente discordante.
José Dieguez (São Carlos, SP)
Mea-culpa
"Elite empresarial precisa fazer mea-culpa por apoiar Bolsonaro, diz Ricardo Lacerda" (Mercado, 4/4). Os banqueiros nunca ganharam tanto dinheiro como nos governos de Lula. E colocaram um desqualificado no poder na ânsia de tirar o PT? Não faz sentido nenhum isso. Bolsonaro sempre foi medíocre, e todos sabiam. Agora todos nós pagamos o pato. O país está destruído!
Vânia Mezzonato (Rio de Janeiro, RJ)
Informações
Espantosa a declaração do investidor Eduardo Mufarej de que não se arrepende do voto em Bolsonaro porque tomou a decisão com base nas informações que tinha àquela altura ("Fundador do RenovaBR lança livro em que critica Lula e Ciro, justifica voto em Bolsonaro e celebra Huck", Poder, 4/4). Ora, eu, que sou de classe média, sem conexões com a elite e sem pretender ensinar política a futuros políticos, não votei em Bolsonaro porque, ao que parece, tinha mais informações do que ele.
Agostinho Sebastião Spínola (São Paulo, SP)
Eduardo Mufarej diz que não se arrepende de ter votado em Bolsonaro pois o fez com base nas informações que tinha à época. No mínimo inacreditável partindo de alguém com a ambição de gerir uma escola de política. Que mude de projeto; ensinar política não é para amadores.
Antônio Beethoven Cunha de Melo (São Paulo, SP)
Ciência
O cirurgião Sidney Klajner foi muito corajoso e realista ("'Discurso do CFM é de quem não usa a ciência como norteador, diz presidente do Einstein", Saúde, 3/4). Verbalizou a inconformidade de muitos médicos em relação à postura do Conselho Federal de Medicina no que diz respeito ao uso de drogas ineficazes para o tratamento da Covid-19. O órgão, que tem a missão de zelar pela boa prática médica, está jogando a nossa respeitabilidade perante a população no lixo com essa postura anticientífica.
José Elias Aiex Neto, médico (Foz do Iguaçu, PR)
Brasileiros
Em relação ao que escreveu o senhor Carmine Arnoni Neto (Painel do Leitor, 4/4), digo que descendo de famílias italiana e espanhola. Amo as duas famílias, mas jamais optaria pela cidadania desses países, apesar dos muitos erros que ocorrem no nosso atual governo. Essa onda, como um mal, vai passar. Fomos enganados, mas jamais seremos subjugados. Espero que o senhor Arnoni reveja sua decisão e se mantenha na nossa companhia, lutando sempre pelo bem do Brasil.
Eduardo Del Posso Modolin (Juiz de Fora, MG)
Ressentidos
Fernanda Torres foi cirúrgica em sua coluna ("Hildebrando", Ilustrada, 4/4). Os que esbravejam, urram, esganiçam bravatas e ofensas à classe artística são seres ressentidos, tristonhos e cheios de sentimentos rasos, a exemplo do capitão que idolatram. Talvez seja um tipo de idolatria ainda a ser explicado. Ou talvez pura ignorância.
Fernando Carvalho Júnior (São Paulo, SP)
PDT
Ao contrário do que teimam em reafirmar os petistas, o PDT não é responsável pela tragédia deste desgoverno. Desde a primeira hora, o PDT se declarou em firme oposição a Bolsonaro, inclusive denunciando a ameaça à democracia que ele representava. Em 2018, o PDT declarou apoio crítico ao candidato do PT no segundo turno e Ciro Gomes votou nele, apesar de todas as ressalvas, porque contra o fascismo não era uma escolha difícil. Chega de fake news.
Antonio Neto, presidente municipal do PDT de São Paulo (São Paulo, SP)
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