'Jean-Luc M�lenchon � o Bernard Sanders europeu', diz leitor
ELEI��O NA FRAN�A
Os partidos tradicionais perderam, mas a esquerda n�o teve baque retumbante na Fran�a. Mais de 7 milh�es acreditaram no projeto de M�lenchon, em contraposi��o ao do candidato do partido dito socialista de Hollande, que tentou enfiar goela abaixo uma nefasta reforma trabalhista. Se Marine Le Pen � Donald Trump � francesa, Jean-Luc M�lenchon � o Bernard Sanders europeu. O fervor anti-Merkel cresce tamb�m pela esquerda do espectro pol�tico.
RENI RAVANELI (Ribeir�o Preto, SP)
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LICITA��O DO BB
Procurado pela reportagem depois de a Folha ter antecipado o nome da primeira colocada na licita��o para a conta de publicidade, o Banco do Brasil alegou que "obedeceu rigorosamente � legisla��o" e que a defini��o das vencedoras foi norteada por crit�rios t�cnicos. Ent�o por que o banco suspendeu a licita��o se ela estava juridicamente perfeita e tecnicamente plaus�vel?
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
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A reportagem que antecipou o resultado de licita��o do Banco do Brasil levanta s�rias suspeitas de a��es fraudulentas na institui��o, mas, mesmo que n�o seja esse o caso, cabe perguntar: o que � que leva uma empresa estatal a firmar contrato com empresas de propaganda em um valor de R$ 500 milh�es? Estar� isso vinculado a alguma fun��o social importante, como � de esperar de uma empresa estatal? O que se pode esperar do retorno disso? Como? Quando? Para quem?
AERAMIZ ALVES (Belo Horizonte, MG)
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REFORMAS DO GOVERNO
Eu n�o entendo essas manifesta��es populares em dias de semana. Prejudicam os demais trabalhadores, causam transtornos no tr�nsito. V�o dizer que o impeachment foi golpe, defender o imposto sindical obrigat�rio, esse blablabl� da esquerda que todos conhecem de antem�o. Acredito que tudo ir� funcionar normalmente, pois grande parte da popula��o n�o vai participar de um encontro que n�o tem raz�o de ser.
REINNER C. DE OLIVEIRA (Ara�atuba, SP)
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Na sexta-feira (28) teremos uma greve geral patrocinada em grande parte por movimentos que at� pouco tempo atr�s estavam com o governo anterior. Vivemos hoje uma crise sem precedentes, com recess�o, desemprego, viol�ncia e uma indefini��o pol�tica que faz o pa�s patinar. Se isso n�o bastasse, Michel Temer e sua equipe est�o decididos a fazer um modelo de reforma de Previd�ncia e de reforma trabalhista que claramente prejudica a grande maioria dos trabalhadores brasileiros, que sempre pagam a conta. Infelizmente, estamos em um beco sem sa�da.
ANDR� PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
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N�s concordamos, sim, com uma reforma trabalhista, mas ela exige um amplo debate com a sociedade. N�o pode haver atropelos. A negocia��o direta entre patr�o e empregado sem a participa��o do sindicato facilita a supress�o dos direitos trabalhistas.
ROG�RIO FERNANDES, presidente do PSDB Sindical de Minas Gerais e da Federa��o dos Empregados em Servi�o de Sa�de de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)
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CHARGE
Dif�cil achar gra�a na charge de Hubert. A meu ver, a insist�ncia em explorar a defici�ncia do ex-presidente Lula em s�tiras caracteriza bullying. Deixem o "dedo" de Lula em paz!
MARIA IN�S PRADO (S�o Jo�o da Boa Vista, SP)
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IMPOSTO SINDICAL
� engra�ado que a Fiesp pague um an�ncio de p�gina inteira na Folha pedindo o fim do imposto sindical, sendo que ela mesma se beneficia do sistema S, contribui��o patronal compuls�ria que banca a mamata do Senai, do Sesi, entre outros. Paulo Skaf, h� anos � frente da institui��o, pouco faz para ajudar na diminui��o do desemprego no pa�s, al�m de muita pol�tica oportunista. Que coer�ncia � essa que a Fiesp prega no an�ncio, falando inclusive em "cortar na pr�pria carne"?
DAVID ROBERTO MEDEIROS (Campinas, SP)
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Alguns partidos resistem a aceitar as reformas, infelizmente necess�rias, que modernizam o Estado. N�o tem sentido o imposto sindical obrigat�rio. Isso me remete ao passado, quando os metal�rgicos, liderados por Lula, queriam impedir a automa��o da ind�stria automobil�stica.
OTAVIO DE QUEIROZ (Sao Paulo, SP)
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PL�GIO
A Fapesp est� correta ao questionar crit�rios que norteiam a publica��o de um trabalho cient�fico, que � um dos meios para qualificar a produtividade individual e de uma institui��o. No entanto, dos t�picos questionados, o da produ��o salame foge do crit�rio corporativista. As revistas limitam o n�mero de p�ginas para publicar um trabalho cient�fico, fazendo com que um trabalho robusto seja quebrado em v�rios outros.
FRANCISCO M. DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)
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�NDIOS NO CONGRESSO
Esse tipo de not�cia deveria ser manchete na Folha, mas, como se v� historicamente, assuntos relativos ao genoc�dio ind�gena e a tantos outros problemas envolvendo esses povos se tornam nota de rodap�. Assim foi com os 8.000 ind�genas mortos na ditadura e com a resist�ncia dos povos ind�genas contra os direitos que estamos perdendo a cada dia, que aconteceu em frente ao Congresso. O protesto foi pac�fico, mas a pol�cia veio com balas de borrachas.
ANDR� DEMETRIO (Curitiba, PR)
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CORRUP��O
Imagine se todos os pol�ticos que trabalharam incansavelmente para a Odebrecht tivessem feito o mesmo pelo povo brasileiro. Ter�amos outro pa�s, mais pr�spero, com menos desigualdade. Mas quem se importa com isso, n�o � mesmo?
RICARDO C. SIQUEIRA (Niter�i, RJ)
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M�FIA NA MEDICINA
A Sociedade Brasileira de Patologia Cl�nica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), que re�ne m�dicos, especialistas e laborat�rios cl�nicos, lamenta a mat�ria da jornalista Cl�udia Collucci, que coloca desvio de conduta como pr�tica normal da categoria de profissionais s�rios que atuam no setor de an�lises cl�nicas.
A SBPC/ML discorda veementemente da pr�tica denunciada e deixa claro que toda pr�tica anti�tica deve ser denunciada aos �rg�os competentes.
A SBPC/ML defende ser importante realizar exames, sempre que houver indica��o cl�nica precisa, como parte fundamental da assist�ncia � sa�de. Segundo estudos, cerca de 70% das decis�es m�dicas se baseiam em resultados de exames laboratoriais.
Al�m de ser grave a generaliza��o, a diretoria da entidade se reuniu com a jornalista em 3 de abril de 2017 para abordar diversos temas como o tratamento que este ve�culo vem dando aos exames laboratoriais e tamb�m �s fraudes, que ela disse estar abordando em nova reportagem. Foi com grande surpresa que n�o vimos nenhuma cita��o ou refer�ncia de nossa conversa nesta reportagem, que como toda boa reportagem deveria reproduzir todos lados da quest�o.
A literatura m�dica comprova que solicitar exames corretamente, respeitar diretrizes de cada especialidade e praticar medicina com qualidade e preventivamente diminui o custo de sa�de para todos.
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RESPOSTA DA JORNALISTA CL�UDIA COLLUCCI - O texto em quest�o n�o � "reportagem", mas sim uma "coluna", um texto opinativo, que n�o exige "outro lado" quando n�o h� nenhuma pessoa citada.
A carta mencionada pelo pediatra n�o diz que tipo de laborat�rio o assediou (de patologia, de an�lises cl�nicas, de imagem?), trata-se mais da ang�stia desse tipo de situa��o, n�o de uma den�ncia.
A Folha continua investigando o caso e, se as informa��es forem consistentes e resultarem em uma reportagem, certamente as sociedades em quest�o ser�o ouvidas.
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Parab�ns a Cl�udia Collucci pela coluna. Oportuna e verdadeira. N�s, da sociedade civil organizada precisamos ajudar a mudar esse estado de coisas.
�tica � – ou deveria ser – o princ�pio de toda e qualquer rela��o. Infelizmente, a avalanche di�ria de den�ncias de corrup��o que inunda os notici�rios mostra que esse valor deixou, h� muito, de balizar as rela��es pol�ticas e os neg�cios. E, nesse sentido, � evidente como o seu trabalho jornal�stico vem contribuindo para denunciar �s m�s pr�ticas que ocorrem hoje no setor da sa�de.
A Federa��o e o Sindicato dos Hospitais, Cl�nicas e Laborat�rios do Estado de S�o Paulo (FEHOESP e SINDHOSP), que representam cerca de 47 mil estabelecimentos de sa�de, condenam veementemente a��es que tenham como objetivo a obten��o de vantagens financeiras atrav�s de pr�ticas que lesam o paciente e, direta ou indiretamente, o sistema de sa�de. No in�cio deste m�s de abril, as entidades criaram um Canal de Den�ncias, atrav�s do portal www.fehoesp360.org.br, que assegura o anonimato do delator. A iniciativa pretende mapear os principais problemas que comprometem a integridade do setor sob a �tica de todos os envolvidos. Nossa inten��o � a de auxiliar os �rg�os competentes de fiscaliza��o e regula��o na elabora��o de a��es mais eficientes para coibir tais pr�ticas.
A sociedade civil organizada pode e deve auxiliar nesse papel fiscalizador e controlador, denunciando atos no setor de sa�de que afrontam a �tica e as boas pr�ticas, pois somente com a participa��o efetiva de todos poderemos construir um sistema de sa�de mais eficiente e transparente.
YUSSIF ALI MERE JR., presidente da Federa��o e do Sindicato dos Hospitais, Cl�nicas e Laborat�rios do Estado de S�o Paulo (S�o Paulo, SP)
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A Associa��o Brasileira de Medicina Diagn�stica, que re�ne as principais empresas que atuam nas �reas de an�lises cl�nicas, anatomia patol�gica e diagn�stico por imagem, repudia veemente pr�ticas de mercado anti�ticas, que possam ir contra o interesse dos pacientes ou gerar desperd�cio dos escassos recursos financeiros existentes na �rea da sa�de.
O Brasil vive um momento hist�rico com a Opera��o Lava Jato, que est� influenciando a retomada de padr�es �ticos e morais na sociedade brasileira, que v�o muito al�m do plano pol�tico. Diversas empresas, em diferentes setores, est�o criando pol�ticas de compliance para se adequarem a essa nova realidade brasileira.
O mesmo est� ocorrendo na Abramed, que finalizou a cria��o de um novo c�digo de conduta e canal de den�ncia, que pro�be, explicitamente, pr�ticas anticoncorrenciais de mercado ou oferta de benef�cios diretos ou indiretos para a comunidade m�dica.
CLAUDIA COHN, presidente do Conselho da Abramed (S�o Paulo, SP)
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