editorial: A Am�rica Latina vota
Claudio Reyes/AFP - Carlos Jasso/Reuters | ||
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Os presidenci�veis chileno, Sebastian Pi�era (esquerda) e mexicano, Jos� Antonio Meade (direita) |
A disputa presidencial no Chile, com segundo turno neste domingo (17), d� in�cio a um ciclo de elei��es em v�rios dos principais pa�ses da Am�rica Latina nos pr�ximos 12 meses. Exce��o feita � Argentina, as na��es mais populosas v�o �s urnas, a maioria delas diante de um quadro de incerteza.
A despeito dos variados graus de turbul�ncia pol�tica, � alvissareiro que quase dois ter�os dos cerca de 640 milh�es de habitantes da regi�o tenham a chance de votar. Basta lembrar que, at� os anos 1980, boa parte dos latino-americanos convivia com ditaduras.
Brasil e M�xico, as duas maiores democracias do subcontinente, compartilham algumas semelhan�as neste in�cio de corrida eleitoral. Ambos s�o comandados por presidentes que amargam baixa popularidade, cujos ministros da Fazenda t�m ambi��es de suced�-los.
No caso mexicano, Jos� Antonio Meade j� deixou a pasta, ap�s se tornar o nome do governista PRI, de centro-direita, para o pleito de julho de 2018. J� Henrique Meirelles, igualmente um tecnocrata bem-sucedido, flerta com a candidatura, embora n�o ostente ainda capital pol�tico para tal aspira��o.
Existem similitudes tamb�m � esquerda. Se as pesquisas daqui d�o vantagem a Luiz In�cio Lula da Silva (PT), l� quem lidera � L�pez Obrador. Trata-se de um postulante j� duas vezes derrotado (2006 e 2012) e que tamb�m divulgou uma carta para tranquilizar os mercados, emulando a campanha vitoriosa do cong�nere brasileiro.
Outra disputa de dif�cil progn�stico se d� na Col�mbia, que elege novo l�der em maio. Dois candidatos esquerdistas aparecem � frente nos levantamentos de inten��o de voto, mas com pouca dianteira sobre o principal nome conservador.
A esquerda, em geral, tem perdido espa�o na vizinhan�a. Se confirmada a previs�o de vit�ria de Sebasti�n Pi�era, os chilenos se juntar�o a peruanos e argentinos entre os que optaram por governantes ao centro e � direita.
Quem busca frear a qualquer custo o avan�o opositor � Nicol�s Maduro, que tem gerido o calend�rio eleitoral de acordo com sua conveni�ncia. O ditador promete que os venezuelanos votar�o para presidente no �ltimo trimestre do ano que vem. Se isso ocorrer, � prov�vel que s� a fraude mantenha o chavismo no poder.
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