O fechamento das escolas durante a pandemia, somado à redução da taxa de natalidade, provocou uma desaceleração do setor de papelarias, que busca aumentar o leque de produtos para se
recuperar.
De acordo com Sérgio Cirne, presidente da Adispa (Associação dos Distribuidores de Papelaria), o período de volta às aulas, que corresponde aos meses de janeiro e fevereiro, representa 65% do faturamento do setor.
"O setor de materiais escolares quase voltou à normalidade pré-pandemia, mas observamos uma mudança de comportamento. No Brasil a taxa de natalidade vem baixando muito, isso impacta na diminuição de alunos", diz.
Grande parte dos cadernos vendidos no Brasil são produzidos nacionalmente —isso se explica pela forte participação do país na produção de papel e celulose.
De acordo com a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Papel e Celulose), a indústria brasileira de celulose é a quarta maior do mundo em volume de produção, enquanto a de papel ocupa a nona posição no ranking mundial.
Já os demais itens, como canetas, lápis e apontadores são, em sua maioria, fabricados na China e na Índia.
De acordo com Cirne, a tendência é que o volume de importações aumente ainda mais nos próximos anos e, com isso, a variedade de produtos nas prateleiras deve aumentar.
Ele afirma que esse movimento é bastante benéfico para o mercado.
"Antigamente, existiam poucas opções de produtos. Hoje temos milhares de marcas, produtos e lançamentos. Essa é uma mudança muito significativa para as vendas", diz.
A Kalunga, por exemplo, conta com um mix composto por mais de 10 mil produtos. Neste ano, pela nona vez consecutiva, a papelaria foi reconhecida como a melhor de São Paulo, na opinião de 45% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha.
"Estamos há mais de 50 anos em São Paulo, com foco na qualidade dos serviços ofertados em nossas lojas e canais digitais, sempre com o objetivo de agilizar a vida e o dia a dia das pessoas", diz Hoslei Pimenta, diretor de operações e vendas da Kalunga.
A empresa também segue investindo em produtos de fabricação própria.
"Tanto aqueles produzidos em nossa própria indústria quanto os importados diretamente, com desenvolvimento de fornecedores e design de embalagens, são de alta qualidade, em sintonia com as necessidades do nosso público", afirma Pimenta.
O cuidado com o meio ambiente e a sustentabilidade, segundo Cirne, da Adispa, também são preocupações das grandes empresas de papelaria.
Na Kalunga, a campanha de reciclagem de papel, em que a doação de cadernos e materiais usados é revertida em descontos na compra de novos produtos, já arrecadou mais de 1.800 toneladas de folhas.
Outras iniciativas do grupo envolvem a reciclagem de pilhas, baterias, eletroeletrônicos, cartuchos de impressora e lâmpadas.
Quando descartados da forma correta, esses resíduos passam pelo sistema de logística reversa, que envolve a coleta, transporte, tratamento e destinação adequada.
"Nosso compromisso com a agenda de sustentabilidade é uma das prioridades do Grupo Kalunga. Esse é um dos objetivos que temos para minimizar o impacto ambiental dos materiais produzidos e comercializados em seu estado final de utilização, apoiando ações em prol do meio ambiente, dentro e fora das operações", diz o diretor do grupo.
KALUNGA
45% das menções
Fundação
1972
Unidades
226
Funcionários
4.633
Faturamento
R$ 3,3 bilhões
Crescimento
3% (em relação a 2022)
Estamos há mais de 50 anos em São Paulo, sempre com o objetivo de agilizar a vida e o dia a dia das pessoas
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