Investimentos em expansão e logística devem reforçar os serviços de entrega expressa de empresas de vendas pela internet (ecommerce) no Brasil. A projeção, de acordo com dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), é que o setor de vendas online movimente mais de R$ 204 bilhões em 2024.
Segundo Abiner Oliveira, membro do comitê de propriedades imobiliárias da Abralog (Associação Brasileira de Logística), as grandes redes têm que estar próximas dos clientes para garantir a eficiência dos envios.
"Os pedidos são direcionados para os centros de distribuição, que tentam, no menor espaço de tempo, traçar rota de entrega para outros galpões de menor tamanho, distribuídos pelas cidades. Então, quanto mais próximo do cliente eles estiverem, melhor", diz.
Para ele, um grande desafio é estender o serviço de entregas rápidas por todas as regiões do país.
"Os consumidores que estão em estados do Norte e Nordeste, por exemplo, também querem comprar e receber produtos no menor espaço de tempo possível. Ele não quer esperar a mercadoria sair do Sudeste e ir para lá. Esse nível de exigência faz com que as empresas se adaptem para operar nas principais capitais e regiões metropolitanas."
"Recentemente, vimos o quão difícil foi acessar Manaus diante de um fator climático. A logística sofre interferências diretas e indiretas de fatores ambientais, que vão se tornar cada vez mais frequentes. Não vai ser incomum você ter uma estrada que virou rio, ter interrupções e imprevistos. Essa perspicácia será necessária para as grandes operações", explica Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm.
Neste ano, o Mercado Livre deve inaugurar um novo centro de distribuição em Pernambuco, além de outros dois armazéns.
A empresa anunciou um investimento recorde de R$ 23 bilhões no Brasil, que será direcionado principalmente para expansão de infraestrutura logística, serviços financeiros e tecnologia.
"Estamos entusiasmados com o futuro e confiantes de que esses investimentos nos permitirão continuar oferecendo experiências excepcionais aos nossos usuários e impulsionar nosso crescimento no Brasil e em toda a América Latina", afirma Iuri Maia, head de branding do Mercado Livre.
Hoje, nove em cada dez pedidos feitos na modalidade full commerce, que garante envios mais rápidos, são entregues em até dois dias pela empresa, que neste ano foi reconhecida como a melhor plataforma de vendas online por 41% dos paulistanos das classes A e B ouvidos pela pesquisa Datafolha.
"Estar entre as marcas mais mencionadas pelos paulistanos é resultado de 25 anos de estratégias focadas em oferecer a melhor experiência de compra online para os nossos usuários, com inovações e produtos pensados para otimizar toda a jornada de consumo", diz Maia.
Rodrigo Bandeira, da ABComm, reforça também a importância de melhorar as entregas em comunidades e áreas de difícil acesso.
"Existe uma massa de consumidores que estão localizados em comunidades mais pobres e que sofrem, de certa maneira, com o recebimento de mercadorias. Não se trata só de uma questão de comércio, mas de dignidade", afirma.
MERCADO LIVRE
41% das menções
Fundação
1999
Unidades
144 (no Brasil)
Funcionários
22,7 mil (no Brasil)
Receita líquida
R$ 14,5 bilhões
Crescimento
37% (em relação a 2022)
Estar entre as marcas mais mencionadas pelos paulistanos é resultado de 25 anos de estratégias focadas em oferecer a melhor experiência de compra online para os nossos usuários
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