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Envelhecimento da população e mudanças no INSS impulsionam previdência privada

Bradesco e Itaú são os melhores no segmento, diz Datafolha; popularização não chega à população pobre

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São Paulo

O envelhecimento da população brasileira e as mudanças nas regras da aposentadoria podem contribuir para a continuidade do crescimento da previdência privada nos próximos anos.

Depois de bater recorde em 2022, a captação líquida dos planos de previdência privada foi de R$ 1,7 bilhão em janeiro de 2023, crescimento de 33% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

"A pandemia jogou um jogo importante nos últimos dois anos. À medida que as pessoas voltaram a ter emprego e um pouquinho mais de renda, houve uma combinação favorável com essa percepção de que a gente precisa ter uma proteção um pouco maior, inclusive financeira, para imprevistos futuros", diz Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência.

De acordo com ele, a previdência privada é um instrumento de complementaridade de renda cada vez mais importante. "A previdência pública vai ter suas limitações daqui para frente", diz.

Fachada do Bradesco Vida e Previdência, em Barueri, na Grande São Paulo
Fachada do Bradesco Vida e Previdência, em Barueri, na Grande São Paulo - Keiny Andrade/Folhapress

Na última década, o número de brasileiros com 60 anos ou mais teve uma alta de quase 40%. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de idosos saltou de 22,3 milhões em 2012 para 31,2 milhões em 2021.

Entre as consequências desse fenômeno, estão as mudanças nas regras da aposentadoria —que vão desde o aumento do tempo de contribuição até a diminuição do valor a ser recebido pelos contribuintes.

"Toda vez que há uma mudança de regras ou adição de formas de aposentadoria para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), as pessoas buscam conhecer mais a aposentadoria privada. Elas têm enxergado isso como uma necessidade", afirma Rogerio Calabria, superintendente de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco.

Segundo Calabria, isso demonstra a maturidade dos clientes para discutir a previdência complementar.

"Hoje, os investidores mais sofisticados sabem que a previdência privada tem todas as características presentes em outras modalidades de investimento, associadas a benefícios tributários e à facilidade de receber os recursos em caso de sucessão", afirma.

Para ele, o fácil acesso aos recursos poupados em casos de emergência e sua entrega nominal aos beneficiados em casos de morte também contribuíram para o entendimento dos clientes sobre a importância do setor. "Esses recursos certamente ajudaram muita gente a conseguir se manter até a conclusão do processo de inventário", diz.

Pela quarta vez consecutiva, Bradesco Seguros e Itaú dividem a liderança da categoria de previdência privada na pesquisa Datafolha. As companhias foram as mais citadas, de forma espontânea, por moradores de São Paulo pertencentes às classes A e B.

De acordo com Izabel Rocha, economista e CEO da empresa de consultoria financeira Transformasie, apenas 8% da população brasileira faz uso do serviço de previdência privada —sendo a maior parte desse público pertencente às classes mais altas. Para ela, o número é tanto um alerta para a falta de acesso à informação de grande parte da população quanto uma possibilidade de crescimento para os bancos.

"É preciso oferecer informação de forma acessível. E como eu dou essa informação? Eu preciso dar papel, entender que não vão acessar o PDF no celular. Preciso explicar efetivamente, para que essas pessoas também tenham suporte no momento da velhice", diz.

Ela observa ainda que o amadurecimento da população aponta para uma outra tendência no setor: o aumento do tempo de contribuição e, consequentemente, do volume de dinheiro acumulado.

"Naturalmente vamos precisar guardar mais dinheiro, então vamos precisar estender o tempo de contribuição. Já temos grande parte da população pensando que, mesmo quando tiver a aposentadoria pública, vai continuar trabalhando para aumentar o investimento em previdência privada. Isso vai acontecer especialmente com as classes A e B", afirma ela.


BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA

9% das menções

Fundação 1981

Unidades 13 sucursais

Funcionários 734

Lucro Líquido R$ 3,1 bilhões em 2022

Crescimento (2022) 80,3%

O prêmio demonstra que estamos, de alguma forma, fazendo um bom trabalho e no caminho certo. Temos a força de uma marca longeva. Vamos completar 42 anos de atuação em previdência aqui no Brasil e fomos a empresa privada precursora a atuar nesse mercado. Isso conta a nosso favor.

Estevão Scripilliti

diretor da Bradesco Vida e Previdência

ITAÚ UNIBANCO

9% das menções

Fundação 1924

Unidades 3,8 mil pontos físicos

Funcionários 101 mil colaboradores no Brasil e no exterior

Lucro líquido R$ 30,8 bilhões em 2022

Crescimento (2022) 14,5% maior que em 2021

Esse destaque é resultado de um conjunto de fatores, como a atenção às demandas dos clientes, a forma como atuamos na educação financeira para explicar as diversas modalidades de produtos e as vantagens tributárias de cada um, além do fato de oferecermos um amplo portfólio com aportes iniciais a partir de R$1, tanto de fundos do Itaú quanto de outras gestoras, dentro da nossa plataforma aberta de investimentos.

Rogerio Calabria

superintendente de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco

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