Mais 4 reféns morreram em cativeiro na Faixa de Gaza, diz Exército de Israel

Forças militares acreditam que os israelenses foram capturados no 7 de Outubro e mortos há alguns meses em Khan Younis

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Jerusalém | Reuters

Quatro reféns israelenses morreram e seus corpos estão sendo mantidos pelo Hamas, disse o Exército israelense nesta segunda-feira (3). Os militares identificaram os quatro homens como Chaim Peri, 80, Yoram Metzger, 80, Amiram Cooper, 84, e Nadav Popplewell, 51, os quais foram sequestrados pelo grupo terrorista no 7 de Outubro.

"Estimamos que os quatro tenham sido mortos juntos na área de Khan Younis há alguns meses, enquanto estavam em poder de terroristas do Hamas, quando as forças da Forças de Defesa de Israel (FDI) estavam operando em Khan Younis", disse o porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari,

Placa com os dizeres "tragam-os para casa" em Tel Aviv - Marko Djurica - 2.jun.24/Reuters

O Exército israelense afirmou que está analisando as circunstâncias das mortes destes quatro reféns e verificando as possibilidades. "Em breve, apresentaremos as conclusões, primeiro às suas famílias e depois ao público", completou o porta-voz.

No 7 de Outubro, Chaim Peri estava em sua casa no kibutz Nir Oz durante o ataque do Hamas. Segundo seu filho, ele tentou repelir os atiradores enquanto escondia sua esposa atrás de um sofá. Peri, então, entregou-se para salvar a esposa, que permaneceu escondida.

Amiram Cooper e Yoram Metzger, também de Nir Oz, foram capturados junto com suas esposas, mas as duas foram devolvidas a Israel durante uma trégua de uma semana em novembro de 2023. Durante a semana de cessar-fogo, 105 reféns foram libertados pelo Hamas, sendo 81 israelenses, 23 tailandeses e um filipino. Em troca, Israel libertou 210 mulheres e crianças prisioneiros palestinos.

Nadav Popplewell morreu de ferimentos sofridos durante um ataque aéreo israelense. Segundo um grupo de apoio a reféns, ele foi capturado com sua mãe em sua casa no kibutz Nirim. Seu irmão foi morto durante o ataque, já sua mãe foi libertada durante a trégua de novembro.

No ataque deu início à guerra que já dura quase sete meses, o Hamas sequestrou 252 pessoas, das quais Israel afirma que 121 continuam na Faixa de Gaza e 37 morreram. As autoridades israelenses, em resposta, lançaram uma ofensiva aérea e terrestre contra Gaza, que já deixou mais de 36 mil mortos, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Ambos os lados culpam um ao outro pelo impasse. Israel disse que não aceitará o pedido do Hamas de encerrar a guerra, ao passo que os palestinos querem que prisioneiros sejam libertados por Tel Aviv. À vista disso, os esforços para conseguir a libertação de mais de 120 reféns sequestrados, no que se refere a um acordo de cessar-fogo, até o momento não tiveram sucesso.

Em maio, Michel Nisenbaum, 59, brasileiro-israelense também sequestrado pelo Hamas no 7 de Outubro, teve seu corpo recuperado pelo Exército de Israel em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. Segundo os militares israelenses, Nisenbaum havia sido morto no momento da captura ou no caminho para um cativeiro em Jabalia, assim como outros dois reféns.

Nisenbaum era o único brasileiro entre os reféns sequestrados pelo grupo terrorista. A sua morte faz com que o número de brasileiros assassinados pela organização terrorista suba para quatro. Os outros três –Ranani Glazer, 23, Bruna Valeanu, 24, e Karla Stelzer Mendes, 42– estavam na festa de música eletrônica Nova.

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