Mergulhadores confirmaram nesta quarta-feira (19) o naufrágio de um navio grego atacado por houthis, rebeldes do Iêmen, no mar Vermelho na semana passada.
A embarcação, de nome Tutor, é a segunda a afundar após ser alvo do grupo. A primeira foi o navio britânico Rubymar, em março, cerca de duas semanas após ser atingido por mísseis.
O Tutor foi atingido por um drone marítimo —uma embarcação não tripulada operadas remotamente e carregada de explosivos— e por mísseis quando estava próximo do porto de Hodeidah, no Iêmen, em 12 de junho.
Um grupo de 22 filipinos estava a bordo da embarcação quando ela foi atacada. Quase todos foram resgatados dois dias depois, em 14 de junho, e repatriados. Mas um os marinheiros, que supostamente estava na sala de máquinas do Tutor quando ele foi atingido, segue desaparecido, segundo autoridades das Filipinas.
Desde a data do ataque, relatórios da UKMTO, organização do Reino Unido que monitora o comércio marítimo, indicavam que o navio grego estava afundando.
Além disso, autoridades militares relataram ter observado destroços e manchas de petróleo na área em que a embarcação tinha sido vista pela última vez.
Ainda na semana passada, os houthis danificaram gravemente um navio do arquipélago de Palau, o Verbena, que transportava materiais de construção. Os marinheiros abandonaram a embarcação depois de não conseguirem conter um incêndio causado pelo ataque. Ela agora está à deriva no Golfo de Áden.
Patrocinados e armados pelo Irã, os houthis vêm empreendendo ataques a navios cargueiros pelo menos desde novembro do ano passado. O grupo justifica as ações como uma demonstração de solidariedade aos terroristas do Hamas em sua guerra contra Israel na Faixa de Gaza.
Suas mais de 70 ofensivas contra as embarcações internacionais tiraram a vida de pelo menos três marinheiros e tiveram grande impacto nas rotas comerciais de navegação.
Diversas empresas passaram a desviar embarcações do mar Vermelho e do Canal de Suez e usar em vez disso uma rota mais longa, contornando a África, o que tem atrasado entregas e aumentado custos de deslocamento.
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