Destroços do submersível Titan, da empresa OceanGate, que implodiu no Atlântico enquanto fazia uma expedição aos destroços do Titanic, foram retirados do oceano na manhã desta quarta (28).
Horas depois, a Guarda Costeira dos EUA afirmou que as análises iniciais mostraram possíveis restos humanos nos destroços.
As partes que restaram do veículo desembarcaram em St. John's, na região canadense de Newfoundland, trazidas pelo navio Horizon Arctic, usado nas buscas. Ele carregava um ROV, um veículo operado remotamente, utilizado nas operações que tentaram resgatar o Titan.
Os proprietários do ROV, da empresa Pelagic Research Services, confirmaram por meio de comunicado que suas equipes concluíram o trabalho de buscas que durou dez dias. Imagens mostram o que parece ser um pedaço quebrado do casco do Titan e o maquinário do submersível com fios soltos sendo retirados do navio.
Um navio da Guarda Costeira americana os levará a um porto dos Estados Unidos, onde serão examinados por um conselho de investigação convocado nesta semana para conduzir as atividades sobre o Titan. A análise do material poderá indicar "elementos cruciais para entender a causa da tragédia", afirmou Jason Neubauer, investigador-chefe do caso. Os supostos restos humanos serão analisados por profissionais médicos dos EUA.
A Guarda Costeira dos EUA comunicou na última segunda-feira (26) a abertura de uma investigação sobre o caso, assim como a Guarda Costeira canadense. Segundo informou na ocasião, os destroços do veículo estavam a 488 metros da proa do Titanic, naufragado em 1912, a quase 4 km de profundidade e a 600 km da costa leste do Canadá.
O Titan desapareceu no Atlântico, com cinco pessoas a bordo, no último dia 18. Depois, em 22 de junho, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que o submersível sofreu uma implosão.
Desde então, surgiram muitas questões públicas sobre a infraestrutura do modelo operado pela OceanGate. Mais de uma vez, a empresa foi alertada por especialistas sobre os possíveis problemas do submersível, mas descartou as críticas alegando que se tratava de um trabalho inovador.
Já no dia 22, quando as autoridades confirmaram a implosão, divulgou-se que cinco peças principais do submersível haviam sido localizadas por um robô —a primeira delas foi a parte traseira do veículo. Antes, a própria OceanGate havia dito acreditar que todos a bordo haviam morrido.
Além da possibilidade de implosão, depois confirmada, havia o fato de que a reserva de oxigênio do veículo havia acabado —as poucas informações públicas do Titan dão conta de que a reserva, no caso de cinco pessoas a bordo, era de cerca de 96 horas.
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