Quatro militares morreram neste domingo (7) em uma emboscada no noroeste da Colômbia, de acordo com o Exército, que atribuiu o ataque ao Clã do Golfo, maior quadrilha do país.
"Com profunda dor, informo que foram covardemente assassinados, em uma emboscada realizada por criminosos do Clã do Golfo, um capitão, um cabo e dois soldados do nosso Exército que protegiam a comunidade de Santa Lucía, em Ituango", no departamento de Antioquia, escreveu no Twitter o general Juvenal Díaz, comandante do exército na região.
Os militares foram vítimas de disparos e granadas lançadas a partir de casas, afirmou o general em um vídeo divulgado mais tarde à imprensa.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, também se pronunciou por meio de uma mensagem no Twitter condenando o ataque e afirmando que pediu ao Exército que os responsáveis sejam encontrados.
O ataque é o terceiro a ocorrer nas últimas duas semanas, quando foram mortos sete soldados e um civil.
Todas as mortes aconteceram no departamento de Antioquia, um dos redutos de Otoniel, como é conhecido Dairo Antonio Úsuga, narcotraficante mais procurado do país e líder do Clã do Golfo, que foi capturado pelo governo da Colômbia no fim de outubro.
As autoridades interpretaram os ataques das últimas semanas como uma retaliação pela prisão.
O governo tem a expectativa que Otoniel seja extraditado nas próximas semanas para os Estados Unidos, onde deve ser julgado pelos tribunais de Miami e Nova York por tráfico de drogas.
Após quatro décadas de luta contra o narcotráfico, a Colômbia se mantém como o principal produtor mundial de cocaína e os Estados Unidos, como o maior consumidor da droga.
Otoniel, 50, foi capturado durante a operação Osiris, em Necoclí, perto da fronteira com o Panamá. Cerca de 500 militares, apoiados por 22 helicópteros, participaram da operação.
O líder do Clã do Golfo é acusado de enviar dezenas de lotes de cocaína aos EUA, além do assassinato de policiais, recrutamento de menores e abuso sexual de crianças, entre outros crimes, de acordo com afirmações do presidente colombiano.
Financiado principalmente pelo narcotráfico, o garimpo ilegal e a extorsão, o grupo é apontado pelo governo como um dos responsáveis pela onda de violência no país, a pior desde a assinatura do acordo de paz com as Farc, em 2016.
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