O Ministério Público do Egito pediu nesta terça (1º) a prisão preventiva do brasileiro Victor Sorrentino, acusado de ofensa sexual no país após divulgar um vídeo no qual ofende uma vendedora muçulmana.
Em sua conta oficial no Twitter, o órgão afirma ter solicitado a medida por quatro dias, enquanto aguarda as investigações. O Ministério Público afirma que Sorrentino é acusado de fazer insinuações sexuais, "atacando os preceitos e os valores da família e da sociedade egípcia, violando a vida privada da vendedora e utilizando uma conta eletrônica para cometer esses crimes”.
Pelo sistema judicial do Egito, esse tipo de detenção preventiva pode ser renovada a cada 15 dias.
Sorrentino, que possui quase 1 milhão de seguidores no Instagram, postou um vídeo em que conversa em português com uma vendedora de papiros. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”, pergunta o médico. “Comprido também fica legal, né? O papiro comprido.” Sem entender o idioma, ela responde que sim, sorri e é alvo de risadas do médico e de seus acompanhantes brasileiros.
Depois do ocorrido, o médico publicou um vídeo em que tenta justificar o episódio, dizendo ter se tratado de uma brincadeira. Ele tornou seu perfil privado após a repercussão do caso.
Patrícia Sorrentino, irmã do médico, publicou um vídeo nesta segunda-feira (31) em seu perfil nas redes sociais dizendo que o brasileiro não foi preso, mas "detido para prestar esclarecimentos às autoridades egípcias" sobre o acontecido. Ela disse que os dois estão em contato e que ele se encontra bem. "Logo, logo vai estar com a gente. A gente está torcendo para que tudo se resolva e logo ele volte."
O texto informa ainda que foi contratado um advogado egípcio para atuar na defesa de Sorrentino.
Um vídeo antigo que voltou a circular agora mostra o presidente Jair Bolsonaro, quando ainda era deputado federal, dizendo que Sorrentino é "mais que um amigo virtual, um irmão de farda e de fé".
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