George Floyd teve Covid-19 no início de abril, quase dois meses antes de ser assassinado durante uma abordagem policial em Minneapolis, nos Estados Unidos, apontou a autópsia realizada pelas autoridades locais.
No documento divulgado na íntegra nesta quarta (3), Andrew M. Baker, principal médico legista do condado de Hennepin, afirma que o Departamento de Saúde de Minnesota havia colhido uma amostra do nariz de Floyd após sua morte.
O resultado positivo, segundo ele, é provavelmente um "positivo prolongado" causado pela infecção no início de abril.
Não há indicação de que o vírus tenha desempenhado algum papel na morte —Baker disse que as chances de Floyd estar assintomático no momento do assassinato são altas.
Michael Baden, um ex-médico legista de Nova York que, junto a uma colega, realizou na semana passada uma autópsia encomendada pela família de Floyd, disse que as autoridades do condado não o informaram do resultado do teste da Covid-19.
"O diretor do funeral não foi informado, não fomos informados, e agora muitas pessoas estão correndo por aí tentando fazer o teste", disse. "Se você faz a autópsia e há um resultado positivo para o coronavírus, o normal é dizer a todos que entrarão em contato com o corpo. Teríamos sido mais cuidadosos."
Floyd foi assassinado durante uma abordagem conduzida por quatro policiais brancos na segunda-feira passada (25) por suspeita de usar uma nota falsa de US$ 20 em uma loja de conveniência.
Baden afirmou que é recomendável que os agentes e algumas das testemunhas também façam testes para a Covid-19.
De acordo com levantamento do jornal USA Today, ao menos 430 cidades americanas tiveram protestos na noite de terça (2) em reação ao episódio —as manifestações já duram oito dias.
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