O governo da Itália anunciou nesta segunda-feira (30) que estenderá a quarentena nacional até pelo menos o domingo de Páscoa, dia 12 de abril.
A prorrogação da medida, inicialmente prevista para valer até sexta-feira (3), será incluída num projeto de lei que o governo apresentará nesta semana.
A Itália é o país mais atingido em termos de número de vítimas da Covid-19 —mais de um terço de todas as mortes globais aconteceu no país.
Os italianos estão sob quarentena há três semanas, com a maioria das lojas, bares e restaurantes fechados, e as pessoas, proibidas de deixar suas casas, exceto para atividades essenciais, como comprar alimentos.
O governador da região sul da Apúlia afirmou no sábado (28) que as regras ali devem permanecer em vigor até maio.
O chefe do governo regional da Lombardia, Attilio Fontana, disse que as restrições sem precedentes a movimento, reuniões e atividades comerciais estão impedindo um aumento exponencial no número de casos e, por isso, precisam ser mantidas.
"Estamos no caminho certo, a linha [do gráfico] não tem subido muito, mas também não é ladeira abaixo", disse ele.
A Lombardia, região onde está a capital financeira da Itália, Milão, representa quase 60% do total de mortes no país e cerca de 40% dos casos.
O chefe do Instituto Nacional de Saúde, Silvio Brusaferro, que assessora o governo na resposta à crise, também disse que, para que as restrições sejam atenuadas, o número de novos casos precisa diminuir significativamente.
"Com certeza a reabertura acontecerá gradualmente... Estamos considerando adotar a ideia britânica de 'parar e ir', que prevê abrir as coisas por um certo período de tempo e depois fechá-las novamente", disse ele ao jornal La Repubblica.
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