A Guarda Revolucionária do Irã anunciou um novo míssil de curto alcance, segundo a TV estatal do país, e também tentou o lançamento de um satélite que, no entanto, não conseguiu chegar à órbita.
Os eventos acontecem em meio a tensões com os Estados Unidos, que afirmam que o programa iraniano é uma tentativa de encobrir o desenvolvimento de mísseis balísticos.
No começo de janeiro, os EUA mataram o general iraniano Qassem Suleimani em um ataque com drone em Bagdá, o que elevou a temperatura entre os países e levou o Irã a retaliar, com o disparo de mísseis contra uma base militar com militares americanos no Iraque.
O ministro iraniano de Tecnologia da Informação e Comunicações, Mohammad Javad Azari-Jahromi, foi citado pela televisão estatal dizendo que o satélite Zafar (vitória) seria lançado a partir do centro espacial iraniano Semnan.
A ideia era transmitir como primeira imagem uma fotografia de Suleimani, acrescentou ele, mas uma autoridade do Ministério da Defesa disse que o satélite não conseguiu chegar à órbita.
Teerã lançou o primeiro satélite fabricado no país em 2009. Outro foi lançado em 2011 e um terceiro em 2012, mas pelo menos dois lançamentos falharam no ano passado.
Os Estados Unidos dizem estar preocupados com o fato de que a tecnologia balística usada para colocar satélites em órbita poderia também ser usada para lançar ogivas nucleares.
O Irã diz que nunca buscou o desenvolvimento de armas nucleares e nega que seu programa aeroespacial seja uma forma de encobrir o desenvolvimento de mísseis.
Os governantes clericais do Irã disseram que o programa de mísseis do país é meramente defensivo.
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