Ao menos 14 pessoas morreram durante um tiroteio no sábado (30) em Villa Unión, cidade ao norte do México, próxima à fronteira com os EUA.
Depois do episódio, as forças de segurança mataram outros sete suspeitos, levando o número de mortos para 21.
Segundo Miguel Angel Riquelme, governador de Coahuila, onde fica a cidade, a polícia do estado entrou em conflito com um grupo de pistoleiros que seriam parte do Cartel Del Noroeste.
Entre os mortos estão quatro policiais.
Seis policiais ficaram feridos na ação, e há um número não especificado de pessoas desaparecidas, incluindo alguns que estavam no gabinete do prefeito, afirmou o governador.
Riquelme disse ainda à imprensa local que o estado agiu "decisivamente" para combater os capangas do cartel.
Por volta do meio-dia, disparos pesados começaram a ser ouvidos, e um comboio de caminhonetes armadas podia ser visto se movendo pela cidade, de acordo com vídeos postados por usuários de mídias sociais.
A fachada do prédio da prefeitura da cidade ficou marcado por inúmeros buracos de bala. O conflito durou mais de uma hora em Villa Unión, que fica 65 km a sudoeste da cidade fronteiriça de Piedras Negras.
As autoridades identificaram 14 veículos envolvidos no ataque e apreenderam mais de uma dúzia de armas.
O surto de violência ocorreu durante uma semana de testes para o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que na sexta-feira (29) disse que não aceitaria nenhuma intervenção estrangeira no país para lidar com gangues violentas após os comentários de Donald Trump.
Na ocasião, o presidente americano levantou tensões bilaterais dizendo que designaria gangues como terroristas.
López Obrador assumiu o cargo há um ano comprometendo-se a pacificar o país após mais de uma década de violência causada por cartéis. O procurador-geral dos EUA, William Barr, deve visitar o México na próxima semana para discutir cooperação sobre segurança.
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