Ao menos 53 soldados e um civil morreram em um ataque a um posto militar no norte do Mali, em um dos atentados mais mortais às Forças Armadas do país das últimas décadas, informou o governo.
O Estado Islâmico (EI) afirmou estar por trás da agressão por meio de um comunicado da Amaq, a agência de notícias do grupo terrorista —no entanto, não foram apresentadas provas para corroborar a ligação da organização com o ataque.
Desde domingo (28), quando os Estados Unidos anunciaram a morte do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, o grupo tem reivindicado a autoria de dezenas de atentados ocorridos em diversos países.
"Homens fortemente armados atacaram por volta do meio-dia. O ataque começou com fogo de artilharia e depois eles se retiraram em direção a Níger", disse o porta-voz do governo, Yaya Sangare.
O número de mortos é provisório, já que os corpos estão sendo identificados. Além dos militares malineses, tropas da França e das forças de missão de paz da ONU atuam na região.
A Presidência francesa afirmou que um de seus soldados morreu depois que o veículo em que estava se chocou com um explosivo. Não está claro se essa morte está incluída no número divulgado pelo governo malinês.
"Os reforços enviados encontraram 54 corpos, incluindo o de um civil, dez sobreviventes e danos materiais extensos", disse Sangare.
O ataque ocorre após ofensivas de jihadistas iniciadas no fim de setembro que demonstraram o aumento do alcance e da sofisticação dos grupos armados que operam na região.
De suas bases no Mali, grupos com ligações à Al Qaeda ou ao Estado Islâmico têm conseguido se expandir na região do Sahel (faixa abaixo do deserto do Saara e acima da savana do Sudão) e desestabilizar partes da Nigéria e Burkina Fasso.
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