O Equador passou a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, após uma decisão da Corte Constitucional que desafia a Igreja Católica em um país historicamente conservador.
Por cinco votos contra quatro, a mais alta corte do país aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo, informou o próprio tribunal.
O Equador é o quinto país da América do Sul a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois de Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia.
"A decisão é obrigatória porque as sentenças da Corte Constitucional submetem às autoridades equatorianas", diz.
A Corte Constitucional se pronunciou a favor do casamento gay ao examinar um recurso de dois casais de homens que alegavam o direito de união diante das autoridades civis. Um dos casais era formado por Efraín Soria e Javier Benalcázar.
"Quero cumprimentar Javier, que está em Guayaquil. Minha vida, te amo", disse Soria a jornalistas em Quito.
Soria se disse alegre por "poder obter a igualdade" e incentivou os homossexuais a não se esconderem mais e a "aproveitarem" a igualdade.
A Constituição de 2008 define o casamento como a união entre um homem e uma mulher, dando continuidade à versão precedente da Carta Magna.
Também proíbe a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, mas os juízes se basearam nos princípios "favoráveis à igualdade da pessoa" e à rejeição a "todo tipo de discriminação".
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