Milhares de mulheres realizam uma greve nesta sexta-feira (8), na Espanha, para protestar contra a desigualdade salarial, a violência de gênero e as barreiras que as impedem de subir na carreira.
"Se nós pararmos, o mundo para." Com esse lema, os grandes sindicatos CCOO e UGT convocaram a greve, de duas horas por turno, enquanto outros sindicatos menores, como CGT e CNT, chamaram para uma paralisação de 24 horas.
Segundo o UGT (União Geral de Trabalhadores), seis milhões de pessoas haviam aderido à greve até às 14h (10h em Brasília).
A greve feminista também é realizada nas universidades. De acordo com a CCOO (Comissões Trabalhadoras), a paralisação atinge 80% em universidades, 61% no ensino médio e técnico e 42% na educação primária.
Grupos de estudantes foram às ruas protestar nesta manhã. Houve atos em várias cidades, como Madri, Barcelona e Bilbao. Para a tarde, estão previstas centenas de marchas em diversas cidades.
"Esse movimento não tem recuo", disse Victoria Amirola, 58, florista que trabalha em Madri, onde uma grande marcha foi marcada para as 19h (15h em Brasília).
"Levamos uma vida aguentando um monte de humilhações, tanto no trabalho quanto na educação. Quando pequenas, não nos incentivam a carreiras científicas ou tecnológicas, por exemplo", disse Marta Horcas, 30, desenhista que aderiu à greve.
O objetivo é repetir o êxito histórico de 2018, quando milhões de pessoas participaram de uma inédita greve feminista em 8 de março. Na capital, Madri, a polícia calculou a participação de 170 mil pessoas naquele ano. Foram 200 mil os participantes em Barcelona, também segundo as autoridades.
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