O presidente Donald Trump disse nesta quarta-feira (13) que o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, "comete um erro terrível" ao bloquear a ajuda humanitária dos Estados Unidos para seu país.
Trump disse que é "triste" que o país latino-americano, rico em petróleo, esteja vivendo uma crise e que Washington ainda não descartou o envio de tropas para a região.
"Nós estudamos todas as opções", disse ele ao receber o presidente colombiano, Iván Duque.
Apesar de Trump considerar uma intervenção militar na Venezuela, a decisão sobre isso depende do Congresso, onde há resistência à ideia.
"Quero deixar claro: uma intervenção militar dos EUA não é uma opção", disse Eliot Engel, democrata e presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA.
De acordo com a Constituição do país, intervenções militares no exterior precisam ser aprovadas pelo Legislativo.
A crise na Venezuela dominou a visita de Duque aos Estados Unidos. Os dois presidentes discutiram o que chamaram de "esforços para restaurar a democracia na Venezuela".
EUA e Colômbia defendem a saída de Maduro, cujo mandato consideram ilegítimo. Os dois países culpam o ditador pela crise econômica vivida na Venezuela. Para Maduro, as dificuldades são frutos dos bloqueios impostos pelos EUA.
Duque também descarta uma ação militar e prefere aumentar a pressão diplomática para que Maduro deixe o cargo e permita que um governo de transição organize novas eleições.
"A Colômbia continuará trabalhando com a comunidade internacional para que o cerco diplomático seja cada dia mais efetivo", disse o líder colombiano.
Duque também prometeu fazer "tudo que esteja em minhas mãos para poder levar ajuda humanitária" à Venezuela.
Um carregamento de mantimentos enviado pelos EUA chegou à Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela, na semana passada há seis dias. Maduro se recusa a liberar a entrada da ajuda humanitária, por temer que seja um artifício para facilitar uma invasão da Venezuela por forças estrangeiras. O ditador nega que falte comida em seu país.
Em um ato em Caracas na terça (12), o líder opositor Juan Guaidó disse que a ajuda humanitária entrará no país "sim ou sim" no próximo dia 23 de fevereiro.
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