V�timas enterradas nas ilhas Malvinas s�o tema pendente da guerra
Uma das pend�ncias entre Argentina e Reino Unido na quest�o das Malvinas � o destino dos 123 soldados argentinos enterrados —a maioria sem identifica��o— no cemit�rio de Darwin.
A Folha visitou o local no 30� anivers�rio da guerra, em 2012. Trata-se de um terreno afastado de centros urbanos, onde apenas um cuidador das sepulturas aparece ocasionalmente para fazer sua manuten��o. Por vezes, o local � alvo de depreda��o por parte de alguns habitantes antiargentinos.
Martin Bernetti - 2.abr.2012/AFP | ||
O cemit�rio de Darwin, nas ilhas Malvinas, � uma das pend�ncias da guerra entre brit�nicos e argentinos |
Na �poca da guerra, o governo da Argentina, que ainda vivia a ditadura (1976-1983), impediu que esses corpos fossem repatriados, pois deveriam ficar ali como prova do sacrif�cio argentino.
Os parentes das v�timas, por�m, desde ent�o protestam por causa do abandono do local, pelo fato de ser dif�cil visit�-lo e porque ainda n�o se identificou a maioria dos corpos.
Em dezembro do ano passado, os governos da Argentina e do Reino Unido assinaram um acordo que permitiu que um comit� de peritos liderado pela Cruz Vermelha iniciasse, em fevereiro, o trabalho de analisar os restos mortais no cemit�rio de Darwin e realizar a identifica��o dos mortos.
Barry Elsby, membro do governo local, diz que essa "aproxima��o humanit�ria � muito bem vista por todos aqui". "Esperamos que os soldados sejam identificados e que as fam�lias possam finalmente decidir sobre o futuro dessas sepulturas."
Editoria de arte/Folhapress | ||
VOOS POL�MICOS
Enquanto isso, segue aberta a pol�mica sobre os avi�es militares brit�nicos com destino ao arquip�lago que receberam autoriza��o de pouso em solo brasileiro.
A chancelaria da Argentina pediu explica��es formais ao Brasil, uma vez que este apoia a reivindica��o argentina pela soberania das ilhas.
Na �ltima quinta-feira (9), a chanceler argentina, Susana Malcorra, afirmou � Folha que "a queixa ainda existe e espera uma resposta".
Nesse mesmo dia, o ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes, declarou que os procedimentos com rela��o a esses voos est�o "sendo revistos". Segundo ele, por�m, n�o h� crise sobre esse assunto, e o crit�rio usado para autorizar os voos foi "humanit�rio".
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