Atentado mata ao menos 84 em festa do Dia da Bastilha no sul da Fran�a
Ao menos 84 pessoas morreram nesta quinta-feira (14) quando um caminh�o avan�ou de forma deliberada sobre milhares de pessoas que estavam na orla de Nice, no sul da Fran�a, comemorando a Queda da Bastilha.
O novo ataque, que at� o momento n�o foi reivindicado por nenhum grupo, fez com que o presidente Fran�ois Hollande voltasse atr�s e estendesse o estado de emerg�ncia no pa�s por mais tr�s meses.
Foi decretado luto oficial de tr�s dias pelo governo franc�s.
Segundo testemunhas e policiais, o ve�culo entrou na promenade des Anglais, na orla da cidade da Riviera Francesa, por volta das 22h30 (17h30 em Bras�lia). Minutos antes, os espectadores viram a queima de fogos que celebra o principal marco da Revolu��o Francesa, feriado mais importante do pa�s.
O motorista havia avan�ado lentamente por 2 km da avenida antes de acelerar por poucos metros e atropelar mais de cem pessoas.
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"Vi os corpos como pinos de boliche no meu caminho. Muito barulho, uma gritaria como eu nunca vou esquecer", disse o jornalista franc�s Damien Allemand, que passava f�rias em Nice.
Em p�nico, os espectadores da festa sa�ram correndo da regi�o da orla. Uma hora depois do ataque, a pra�a estava completamente vazia, ap�s pedido do governo para que moradores e turistas ficassem em locais fechados.
De acordo com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, dezenas de pessoas ficaram feridas —entre elas h� pelo menos um brasileiro. Ao menos 18 estavam em estado grave.
O caminh�o foi parado por um cerco policial perto da pra�a Mass�na. Segundo os agentes, o motorista abriu fogo contra a tropa. Houve troca de tiros e os policiais mataram o condutor. No ba� do caminh�o, encontraram armas como pistolas, fuzis e metralhadoras, muni��o e granadas.
Dentro do caminh�o, a pol�cia encontrou os documentos do suspeito morto. Ele foi identificado como um franc�s de origem tunisiana de 31 anos, que cometeu delitos no passado, mas nunca esteve na lista de pessoas investigadas por terrorismo. Tamb�m n�o se sabe se ele teria liga��o com extremistas. Os agentes afirmam que o caminh�o era alugado.
Embora nenhum grupo tenha se manifestado sobre a autoria at� o momento, diversos usu�rios de redes sociais ligados � mil�cia terrorista Estado Isl�mico comemoraram o atropelamento.
A fac��o foi respons�vel pela s�rie de ataques em Paris, que deixou 130 mortos em 13 de novembro passado.
AUTORIDADES
Horas depois de anunciar, em uma parada militar da Revolu��o Francesa, o fim do estado de emerg�ncia que vigorava desde as a��es do Estado Isl�mico na capital, o presidente Fran�ois Hollande voltou atr�s e expandiu a medida at� outubro.
Em pronunciamento � na��o depois de uma reuni�o de emerg�ncia, disse que � "ineg�vel" que o pa�s tenha sofrido uma atentado terrorista. "A Fran�a como um todo est� sob amea�a do terrorismo isl�mico. N�s temos que demonstrar absoluta vigil�ncia e uma determina��o inabal�vel."
Ele prometeu aumentar o controle de fronteiras e refor�ar os ataques na S�ria e no Iraque —as medidas s�o as mesmas tomadas ap�s a s�rie de ataques de novembro.
"N�s vimos a viol�ncia extrema e obviamente temos de fazer tudo para lutar contra esse terrorismo", disse.
Aliados como o presidente americano, Barack Obama, a primeira-ministra brit�nica, Theresa May, e a chanceler alem�, Angela Merkel, prestaram suas condol�ncias.
No Brasil, o presidente interino Michel Temer disse que a Fran�a foi v�tima de "mais uma injustificada intoler�ncia" e chamou o incidente de "abjeto" e "ultrajante".
Se confirmada uma nova a��o terrorista, Hollande dever� sofrer mais com a press�o por controle da imigra��o e por novas medidas para evitar mais mortes como as mais de 200 em tr�s atentados.
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