China liberta ativista sueco que estava detido desde o in�cio de janeiro
O governo da China libertou e deportou Peter Dahlin, um ativista sueco e cofundador da ONG "China Action", que estava detido no pa�s desde o in�cio de janeiro, acusado de p�r em risco a seguran�a do Estado atrav�s de sua organiza��o, segundo confirmou nesta ter�a-feira (26) � ag�ncia Efe a Embaixada da Su�cia em Pequim.
A liberta��o de Dahlin, de 35 anos, aconteceu ap�s o "contato frequente entre o Minist�rio da Su�cia e os representantes chineses", afirmou um comunicado a ministra das Rela��es Exteriores sueca, Margot Wallstr�m.
Dahlin desapareceu quando se dirigia ao aeroporto de Pequim no dia 3 de janeiro para pegar um voo para a Tail�ndia junto com sua namorada, de nacionalidade chinesa e cujo paradeiro ainda � desconhecido, e as autoridades confirmaram sua deten��o dez dias depois, no meio de uma campanha de repress�o in�dita na China contra defensores dos direitos humanos.
Wallstr�m confirmou que, por enquanto, Dahlin j� teve a oportunidade de "se reunir com sua fam�lia na Su�cia", mas sem detalhar quando.
O sueco, cuja ONG promove o desenvolvimento do estado de direito na China, apareceu na emissora nacional de televis�o chinesa CCTV na semana passada para confessar que havia "violado a lei" do pa�s e "causado dano ao governo chin�s", entre outras coisas.
V�rios integrantes de sua organiza��o consideraram a confiss�o, que costuma representar um atenuante da condena��o no sistema judici�rio chin�s, como "falsa" e "absurda".
A CCTV argumentou ent�o que o cidad�o sueco trabalhou na China como uma esp�cie de agente estrangeiro para minar o poder do Partido Comunista da China e atentar contra a seguran�a do Estado.
Al�m disso, as autoridades chinesas acusaram Dahlin de receber dinheiro n�o declarado atrav�s de sua ONG e de realizar atividades irregulares em conex�o com o escrit�rio de advocacia local Fengrui, perseguido por Pequim e conhecido por defender grandes casos de direitos humanos.
Por enquanto, n�o se sabe se as acusa��es contra Dahlin fora retiradas. O caso envolvendo o ativista sueco e outros contra cidad�os de pa�ses europeus despertaram a preocupa��o da delega��o da Uni�o Europeia (UE) na China.
O embaixador da UE em Pequim, Hans Dietmar Schweisgut, pediu na semana passada "transpar�ncia total e acesso completo" a Dahlin e a seu compatriota sueco Gui Minhai, assim como ao brit�nico nascido em Hong Kong Lee Po, que faziam parte de um grupo de cinco livreiros e editores da ex-col�nia brit�nica desaparecidos desde o fim de ano.
Gui Minhai apareceu na televis�o chinesa antes de Dahlin "confessando" seus delitos, mas seus familiares e outras pessoas de seu entorno questionaram a veracidade do depoimento.
Sobre a pris�o de Gui, Wallstr�m manifestou sua "preocupa��o" no comunicado e ressaltou os "esfor�os incessantes para esclarecer a sua situa��o e garantir que ele seja visitado com continuidade".
Quanto a Lee Po, o governo chin�s garantiu ontem que haver� "um julgamento justo e pr�tico" sobre seu caso, depois que este se reuniu com sua mulher em um lugar secreto da China recentemente e assegurou em uma carta que est� cooperando "voluntariamente" com as investiga��es.
Lee Po e Gui Minhai fazem parte de um grupo de cinco editores e livreiros de Hong Kong que desapareceram misteriosamente entre outubro e dezembro do ano passado.
Todos esses casos acontecem em meio a uma campanha de repress�o sem precedentes por parte do regime chin�s contra defensores dos direitos humanos, entre eles o escrit�rio de advocacia Fengrui, com cerca de 300 advogados e ativistas interrogados, detidos e submetidos � vigil�ncia residencial desde julho.
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