Ataques coordenados aterrorizam Paris e deixam 129 mortos
Ataques com tiros e explos�es deixaram 129 mortos em Paris, na pior viol�ncia a atingir a Fran�a desde a Segunda Guerra (1939-1945) e apenas dez meses depois da carnificina no seman�rio sat�rico Charlie Hebdo.
Segundo o procurador-geral Fran�ois Molins, 89 pessoas morreram na casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa.
Houve ainda ataques em restaurantes e do lado de fora de um est�dio de futebol.
O n�mero de mortos na Bataclan, que abrigava um show do grupo Eagles of Death Metal, surgiu ap�s for�as de seguran�a lan�arem uma a��o no local, onde pessoas tinham sido feitas ref�ns.
A pol�cia invadiu o local, matando terroristas e encontrando um sangrento cen�rio de horror.
De acordo com o Itamaraty, dois brasileiros ficaram feridos nos ataques.
Em rea��o aos ataques, o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, declarou estado de emerg�ncia em toda a Fran�a e fechou as fronteiras do pa�s. "� um horror", disse Hollande, que tamb�m posicionou o Ex�rcito na capital francesa, onde foi imposto um toque de recolher.
EST�DIO
Tr�s homens-bomba causaram explos�es no Stade de France, no norte de Paris, durante um amistoso entre Fran�a e Alemanha.
Hollande acompanhava a partida no est�dio, onde um rep�rter da Associated Press afirmou que as explos�es foram t�o altas que se sobrepuseram ao grito dos torcedores.
Os ataques aconteceram num momento em que a Fran�a aumentou as medidas de seguran�a para a confer�ncia do clima, que come�a em duas semanas, pelo temor de protestos violentos e de potenciais ataques terroristas.
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ter oferecido ajuda e suas condol�ncias �s autoridades francesas. Ele prometeu continuar em coopera��o com a Fran�a para combater o terrorismo.
"Este n�o � um ataque s� a Paris ou � Fran�a, mas um ataque � forma como pensamos e aos valores que dividimos. Lembremos neste momento de trag�dia que os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade s�o valores que n�s compartilhamos."
CHARLIE HEBDO
Emilioi Macchio, de Ravenna (It�lia) tomava uma cerveja na esquina do restaurante Carillon, quando o tiroteio come�ou. Ele contou n�o ter visto nenhum atirador ou nenhuma v�tima, mas que se escondeu em uma esquina e ent�o fugiu.
"Pareciam fogos de artif�cio", disse.
A Fran�a tem estado sob tens�o desde os mort�feros ataques de extremistas isl�micos, em janeiro, contra o seman�rio sat�rico e um supermercado kosher, que deixaram 17 mortos.
Le Carillon, um dos dois restaurantes que foram atacados nesta sexta, est� no mesmo bairro dos escrit�rio do "Charlie Hebdo", assim como a Bataclan.
O Ex�rcito franc�s vem bombardeando alvos do Estado Isl�mico na S�ria e no Iraque e combatendo extremistas na �frica. Grupos extremistas frequentemente amea�aram a Fran�a no passado.
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