Em afago a Dilma, Joe Biden, vice de Obama, deve comparecer � posse
O governo americano deve anunciar nos pr�ximos dias a vinda do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para a posse da presidente Dilma Rousseff, no dia 1� de janeiro, em Bras�lia, segundo a Folha apurou.
� a autoridade mais graduada enviada pelos EUA para uma posse presidencial brasileira desde 1990, quando o ent�o vice-presidente, Dan Quayle, veio para a de Fernando Collor de Mello.
Na �poca, a vinda de Quayle se justificou porque se tratava da transi��o para o regime democr�tico no Brasil.
A presen�a de Biden ser� mais um gesto dos EUA para tentar se reaproximar do Brasil, ap�s a crise gerada pelas revela��es da espionagem no ano passado.
Tradicionalmente, os EUA mandam funcion�rios menos graduados, inclusive porque a posse cai no dia 1� de janeiro. Uma exce��o foi a vinda da ent�o secret�ria de Estado, Hillary Clinton, para a primeira posse de Dilma.
Em 2003, quando Luiz In�cio Lula da Silva assumiu, o l�der da delega��o era Robert Zoellick, ent�o representante comercial dos EUA.
Zoellick havia sido chamado por Lula de "sub do sub do sub" em 2002, em resposta ao seu coment�rio de que ou o Brasil aderia � Alca (�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas) ou teria de vender seus produtos na Ant�rtida.
Biden se transformou no principal interlocutor da presidente Dilma e j� veio duas vezes ao pa�s. Ele ligou para ela ap�s a reelei��o e renovou o convite para uma visita de Estado a Washington. Dilma faria a visita em outubro de 2013, mas cancelou em raz�o da espionagem contra seu telefone e e-mail.
"� muito significativo os EUA mandarem um vice-presidente para a posse de Dilma, ainda mais sendo Biden, que tem muito peso no governo", diz Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars.
Dilma e o vice americano devem aproveitar a oportunidade para fazer um encontro bilateral, mas n�o � certo que haver� defini��es sobre o reagendamento da visita.
Na vis�o do governo americano, ainda n�o h� uma "agenda madura".
A visita ainda requer reuni�es preparat�rias entre funcion�rios de escal�o inferior dos dois governos, porque, ap�s o Brasil ter dado � Su�cia o contrato dos ca�as da FAB, Bras�lia e Washington perderam o grande "an�ncio" que fariam na visita.
"N�o adianta fazer a visita por fazer, � preciso ter an�ncios substantivos", diz uma pessoa que participa das conversas.
Um an�ncio poderia ser um acordo para acabar com a bitributa��o de empresas que atuam nos dois pa�ses, que � discutido h� d�cadas. E a crise econ�mica e institucional na Venezuela certamente ser� pauta.
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