Argentina est� mudando a hist�ria ao recuperar YPF, diz Cristina
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou nesta quarta-feira que o pa�s est� "mudando a hist�ria" ao destacar a "recupera��o" da YPF em meio ao processo de desapropria��o da companhia petrol�fera da espanhola Repsol.
"Estamos dando passos muito importantes e impensados em anos. Progredimos muito depois da derrubada produzida antes de 2003", insistiu Cristina, na inaugura��o da emissora de televis�o p�blica Tecnopolis TV.
Lembrou que seu marido e antecessor, o falecido N�stor Kirchner, disse em 2003 que "o grande problema energ�tico foi a desnacionaliza��o e a venda das a��es da YPF".
Daniel Garcia/France Presse | ||
Cartaz de apoio a decis�o de Cristina Kirchner sobre expropria��o da YPF em Buenos Aires, nesta quarta |
"Agora estamos recuperando esse instrumento estrat�gico", mas "a hist�ria n�o se constr�i como se quer, mas como se pode, apesar de todos os obst�culos, porque n�o � um caminho plano e sem trope�os", ressaltou Cristina.
Na segunda-feira, a governante anunciou a interven��o da YPF e enviou ao Parlamento um projeto de lei para expropriar 51% das a��es da companhia petrol�fera � espanhola Repsol.
Tanto Kirchner quanto a pr�pria Cristina apoiaram a privatiza��o da YPF em 1992 e, at� que come�ou a investida governamental contra a empresa, em dezembro, a presidente citou em mais de uma ocasi�o a YPF, ent�o sob controle da Repsol, como modelo de empresa na Argentina.
TR�MITE
O Senado argentino aprovou nesta quarta-feira o in�cio da tramita��o do projeto de lei que expropria 51% das a��es da companhia petrol�fera YPF. A proposta ser� votada pelos parlamentares na pr�xima quarta (25) e depois enviado � C�mara dos Deputados, onde se espera aprova��o.
Al�m do apoio dos representantes da Frente para Vit�ria (FPV), aliados da presidente Cristina Fern�ndez de Kirchner, a proposi��o foi aprovada por partidos opositores, incluindo a Frente Ampla Progressista e a Uni�o C�vica Radical (UCR).
O in�cio do tr�mite foi obtido ap�s dois dias de debate no Senado, de maioria governista, em tr�s comiss�es parlamentares, tamb�m controladas por aliados. Hoje assistiram ao debate ex-funcion�rios ligados � �rea energ�tica e especialistas em explora��o de petr�leo e g�s natural.
De acordo com o jornal "La Naci�n", os parlamentares aliados de Kirchner estimam o tempo de aprova��o total em tr�s semanas.
NOVA EXPROPRIA��O
Ap�s a reuni�o, o senador An�bal Fern�ndez, chefe de Gabinete durante o primeiro governo de Cristina, afirmou que o governo poderia fazer "uma medida similar" para a YPF Gas, que � respons�vel pela venda e distribui��o de g�s de botij�o no pa�s.
Mais cedo, An�bal n�o havia falado o nome da empresa, o que causou d�vidas entre os parlamentares e suspeitas de que a pr�xima empresa a ter controle do Estado seria a Metrogas. A empresa faz a distribui��o de g�s natural em todo o pa�s e tem 31,7% participa��o da Repsol, que divide o comando com a brit�nica BG, com 38,3%.
De acordo com o jornal "Clar�n", a companhia ser� acrescentada ao projeto inicial de expropria��o na pr�xima quarta, quando ser� avaliado pelo Senado.
REA��ES
Mais cedo, o Departamento de Estado americano declarou que est� "muito preocupado" pela decis�o do governo argentino de expropriar as a��es da petroleira YPF pertencentes � espanhola Repsol, anunciada na segunda (16) pela presidente Cristina Fern�ndez de Kirchner.
De acordo com o porta-voz do �rg�o americano, Mark Toner, a decis�o "cria um clima de investimento muito negativo" e pediu ao pa�s para que "normalize sua rela��o com a comunidade financeira internacional".
Nesta quarta-feira, as a��es da petroleira argentina fecharam com queda de 27,78% na bolsa de Buenos Aires, custando 78 pesos (R$ 34), 29 a menos que no fim do expediente de ter�a-feira. Antes do an�ncio de Kirchner, os pap�is da YPF eram cotados a 126 pesos.
Agentes financeiros consideram iminente uma interrup��o na venda das a��es para evitar queda maior nos t�tulos da companhia.
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