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Igreja da Unifica��o prepara funeral do reverendo Moon na Coreia do Sul
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DA FRANCE PRESSE
A Igreja da Unifica��o iniciou nesta segunda-feira os preparativos para o funeral de seu fundador, Sun Myung Moon, mais conhecido no Brasil como reverendo Moon, que faleceu aos 92 anos.
A cerim�nia acontecer� em uma pequena cidade sul-coreana isolada, que deve receber milhares de seguidores.
Oper�rios come�aram a pavimentar uma rua de duas vias e de um quil�metro de comprimento que leva ao gigantesco complexo onde fica no quartel-general da Igreja, chamada por muitos de seita, em Gapyeong, ao leste de Seul.
Nesta cidade acontecer� no dia 15 de setembro o funeral do autoproclamado messias sul-coreano, que funcou a controversa Igreja da Unifica��o e a transformou em um imp�rio bilion�rio.
A partir de quinta-feira, os fi�is poder�o visitar um altar que ser� constru�do em uma sala do complexo.
Jo Yong-Hak - 8.fev.11/Reuters | ||
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O reverendo Moon, que fundou a Igreja da Unifica��o, morreu depois de sofrer complica��es por uma pneumonia |
Moon, que tinha sido hospitalizado no m�s passado depois de sofrer complica��es em decorr�ncia de uma pneumonia, faleceu passadas as 2h00 de segunda-feira (hora local, 14h00 de domingo, hora de Bras�lia), informou um porta-voz do reverendo.
Na sexta-feira, a seita havia informado que seu fundador sofria de um problema cr�tico nos �rg�os vitais, que determinaram seu ingresso em terapia intensiva. No s�bado, os m�dicos informaram que Moon tinha entrado "um estado irrevers�vel de sua condi��o".
O corpo de Moon havia sido transportado para um edif�cio de m�rmore branco, sobre uma colina que domina o complexo.
"Era nosso pai e o messias de Deus. Seu corpo foi concebido por Deus e pens�vamos que viveria 100 anos", declarou um colaborador.
Dezenas de fieis manifestaram afli��o no portal da igreja. "� como se o c�u ca�sse sobre n�s e o mundo inteiro desabasse", afirmou um deles.
"�s o rei dos reis eternos, o messias da humanidade, permanecer�s para sempre em nosso cora��o", destacou outro.
Bo Hi Pak, colaborador de Moon durante d�cadas, espera o comparecimento de dezenas de milhares de fi�is ao funeral, grande parte deles procedentes do exterior.
PERFIL
Sul-coreano, Moon nasceu em uma fam�lia de agricultores em uma regi�o que atualmente faz parte do territ�rio norte-coreano. O reverendo dizia que aos 15 anos teve uma vis�o de Jesus pedindo que completasse a miss�o interrompida pela crucifica��o.
Segundo trechos de sua biografia publicada em seu site pessoal, ele foi torturado e mandado para um campo de trabalhos for�ados enquanto pregava na Coreia ap�s a Segunda Guerra Mundial.
Foi libertado quando os guardas fugiram com o avan�o das for�as americanas durante a Guerra da Coreia.
Depois de vagar pela cidade de Busan, no sul, como um refugiado de guerra, ele teria constru�do a sua primeira igreja nesta regi�o, usando caixas de ra��es militares.
Rejeitado pelas igrejas protestantes coreanas, Moon fundaria em 1954 sua pr�pria congrega��o, a Igreja da Unifica��o.
Atualmente � uma das maiores e mais controversas comunidades religiosas do mundo, sendo considerada uma seita em v�rios pa�ses.
A igreja tinha presen�a em v�rios pa�ses da Am�rica Latina, como o Brasil, onde possu�a mais de 40 terrenos no Mato Grosso do Sul.
A organiza��o reivindica pregar em 200 pa�ses para tr�s milh�es de seguidores que se referem a Moon como "o verdadeiro pai" e o consideram "o �nico Messias da hist�ria humana".
POL�MICA
Os ensinamentos de Moon s�o baseados na B�blia, mas com novas interpreta��es, e s�o considerados her�ticos por algumas organiza��es crist�s.
"A vis�o de Deus de Moon � essencialmente coreana, combinando xamanismo e padr�es familiares confucianos ao modelo crist�o", escreveu Michael Breen em seu livro, "The Koreans".
"Seu Deus � o pai misericordioso que sofre em uma agonia solit�ria em um mundo de crian�as m�s", explicou o autor.
Os cr�ticos consideram a Igreja da Unifica��o, cujo nome oficial � Federa��o Familiar para a Paz no Mundo e a Unifica��o, uma seita que pratica a lavagem cerebral de seus adeptos, uma acusa��o rejeitada pela organiza��o.
O movimento � conhecido pelas cerim�nias de casamento que re�nem milhares de casais. Seu vasto imp�rio econ�mico abrange os setores da constru��o, da educa��o, da alimenta��o, da engenharia e da imprensa.
A organiza��o possui, entre outros, o jornal Washington Times.
Em um editorial, o "Washington Times" elogiou o anticomunismo de Moon e sua defesa dos valores familiares.
"F�. Fam�lia. Liberdade. Servi�o. Os valores conservadores serviram como um comovente memorial em homenagem � sabedoria do homem cujas vis�es e coragem ajudaram a lutar as batalhas do dia", afirma o jornal.
Em 1991, Moon se reuniu com o ent�o l�der norte-coreano Kim Il-Sung em Pyongyang.
Fez neg�cios com a Coreia do Norte, atrav�s de uma empresa associada � seita, Pyeonghwa (Peace) Motors, que desde 1999 se dedica � constru��o de autom�veis no norte da pen�nsula.
Em 1974, ele se reuniu com Richard Nixon na Casa Branca e, em um pedido pol�mico, solicitou aos americanos que perdoassem seu presidente no esc�ndalo de Watergate.
O reverendo deixou 14 filhos, muitos dos quais trabalham em seu imp�rio. Hyung Jin Moon, o ca�ula dos homens, o sucedeu em 2008, ent�o com 28 anos, � fente do movimento.
BRASIL
O diretor da Igreja da Unifica��o do Brasil lamentou nesta segunda-feira o falecimento de Moon.
"Meu cora��o est� muito triste e todos os membros de nossa associa��o devem estar na mesma situa��o", declarou Yasushiro Ishii, diretor da igreja em Campo Grande.
Segundo ele, nos pr�ximos dias ser� realizada uma reuni�o com os adeptos para decidir realizar�o uma cerim�nia p�stuma na cidade ou se um grupo ir� para Seul participar nos funerais.
Em 2000, Moon foi alvo de uma investiga��o por parte de uma comiss�o parlamentar depois de ter adquirido 80.000 hectares de terras nos arredores de Jardim, uma comunidade de 24.000 habitantes a 200 km de Campo Grande.
No mesmo ano, comprou o clube de futebol Atl�tico de Sorocaba. O vice-presidente do clube, Mauricio Baldini, disse que os diretores se reuni�o para decidir as medidas a serem adotadas.
Ele tamb�m fundou uma escola prim�ria em Jardim, onde um ter�o dos estudantes � de membros de sua igreja. Siewsin Rezende, tesoureira da escola e adepto do l�der messi�nico, disse que "o reverendo tinha propriedades no Brasil porque queria dedicar-se � agricultura e ao gado para reduzir a fome no mundo", segundo o site UOL. No entanto, algumas de suas de terras continuam sem utiliza��o, acrescentou.
Todos os bens do l�der religioso est�o no nome da Federa��o Familiar pela Paz no Mundo e a Unifica��o, nome oficial da igreja, raz�o pela qual n�o haver� problemas de heran�a, segundo Rezende.
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