Oferecer xampus para cabelos lisos, cacheados e crespos não é mais suficiente. Pelo menos essa é a aposta de novas marcas de produtos de higiene e beleza personalizados.
Com uso de inteligência artificial, empresas aplicam um questionário que mapeia o tipo de cabelo do consumidor, as necessidades de tratamento, o tipo de fragrância e até a cor do produto preferida.
A Meu Q, lançada há duas semanas, soma 1.500 pedidos realizados. Depois de dois anos de pesquisa, a startup idealizada por Pedro Nunes, 31, filho do cabeleireiro Wanderley Nunes, Lucas Barchetta, 27, e Dimitri Ribeiro, 27, chegou ao mercado com opções de xampu (R$ 72, 250 ml), condicionador (R$ 86, 250 ml) e leave-in (R$ 45, 100 ml).
"Já existe um movimento forte de personalização no exterior, mas que ainda é muito tímido no Brasil. É uma oportunidade muito grande de crescimento, principalmente no mercado de luxo", afirma Nunes, que não revela quanto investiu no negócio.
Para chegar às fórmulas, a empresa aplica um questionário online com quatro etapas —tipo de cabelo, estrutura capilar, objetivos da cliente (nutrir ou hidratar) e cor e fragrância desejadas.
Há 35 ingredientes ativos, entre eles proteína de arroz, mel e extrato de kiwi. Nenhum dos produtos é testado em animais ou contém parabeno.
Lançada há três meses, a JustForYou segue a mesma linha, com comercialização de tratamento capilar, xampu e condicionador.
O questionário da marca é ainda mais específico. Há perguntas sobre o tipo de dieta do cliente e de hábitos de atividade física, por exemplo.
"Nossa ideia é aliar tecnologia, saúde e bem-estar", afirma Caio de Santi, 33, diretor-executivo da marca, que deve expandir em breve para vitaminas e suplementos. O investimento para abrir o negócio foi de R$ 800 mil.
As embalagens da companhia são recicláveis, e os xampus e condicionadores (R$ 119 o conjunto) são "fresh made", feitos pouco antes de serem enviados ao cliente.
A empresa aposta em ingredientes naturais, não usa parabeno nem testa em animais. "O principal público são os millennials. É um consumidor que não está mais preocupado com o que não tem no produto, mas no que tem", afirma Santi.
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