Quinze funcionárias e ex-funcionárias da Apple acusaram a empresa de descaso na condução de denúncias sobre comportamentos sexuais inapropriados, disse nesta quinta-feira (4) o jornal "Financial Times".
As mulheres denunciaram retaliações e respostas decepcionantes ou contraproducentes às demandas por parte da empresa do Vale do Silício.
A Apple afirmou ao jornal que trabalha para investigar as queixas sobre desvio de conduta e acrescentou que fará mudanças em seus processos de treinamento.
O Vale do Silício foi abalado por escândalos de assédio sexual e discriminação em meio ao auge do movimento #MeToo, impulsionando processos de mudança em uma indústria dominada por homens.
Uma das mulheres citadas no texto, Megan Mohr, se inspirou no #MeToo para denunciar em 2018 que um colega da Apple havia tirado sua blusa e seu sutiã para fotografá-la enquanto ela dormia brevemente após saírem uma noite para beber.
Segundo a reportagem, depois de falar com o setor de recursos humanos sobre a queixa, a empresa concluiu que o comportamento do funcionário era potencialmente criminoso, mas não infringia nenhuma política no contexto do trabalho dele na Apple.
Mohr pediu demissão em janeiro, após 14 anos na empresa, e agora pede que a companhia, que emprega 165 mil pessoas globalmente, revise suas políticas.
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